Bovinos e bubalinos de todas as idades
devem ser vacinados até 20 de junho
Todos os municípios paraenses estão
incluídos na ação, exceto o Arquipélago do Marajó e as cidades de Faro e Terra
Santa
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado
(Adepará) vai iniciar na sexta-feira (1º) a primeira etapa da campanha de
vacinação de 2020 contra a febre aftosa no Pará. Bovinos e bubalinos de todas
as idades devem ser vacinados até 20 de junho. Todos os municípios paraenses
estão incluídos na ação, exceto o Arquipélago do Marajó e as cidades de Faro e
Terra Santa, no Baixo Amazonas, que possuem etapas específicas de imunização. A
expectativa é imunizar mais de 20 milhões de bovinos e 166 mil bubalinos.
O diretor de Defesa e Inspeção Animal da
Agência, Jamir Macedo, informou sobre o local de aquisição das vacinas. “Elas
devem ser adquiridas em uma revenda agropecuária devidamente registrada junto à
Adepará. É muito importante exigir a nota fiscal na compra”, destacou.
Após vacinarem os animais, os produtores
têm até 15 de julho para comprovar o ato. A autodeclaração da vacina poderá ser
feita pelo Sistema de Integração Agropecuária (Siapec), conforme tutorial. Além
dessa forma, o produtor vai poder realizar a notificação via e-mail ou
telefone, junto à unidade local ou gerência regional do município de atuação.
Devem ser informados os dados do rebanho e da nota fiscal de aquisição da
vacina.
A comprovação também poderá ocorrer
presencialmente, mediante agendamento, no escritório da Adepará mais próximo.
Durante o atendimento, deverão ser cumpridas as orientações dos servidores da
Agência, para respeitar as medidas de proteção ao novo coronavírus e preservar
a saúde de todos.
Vacina – Com uma dose de 2 ml, a vacina
contra a febre aftosa deve ser administrada através da via subcutânea ou
intramuscular, na região da tábua do pescoço (terço médio) do animal. A médica veterinária e gerente do Programa
Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, Joélia Guerra, orientou os
produtores sobre os cuidados necessários na imunização.
“A vacina deve ser conservada no frio, em
gelo, e se possível assim que o produtor adquirir recomenda-se que imunize logo
os animais. Vale lembrar que a higiene com os utensílios utilizados e no local
da aplicação é de fundamental importância antes, durante e depois da vacinação”
- Joélia Guerra, médica veterinária e gerente do Programa Estadual de
Erradicação da Febre Aftosa da Adepará.
A gerente também atentou para outras
precauções que devem ser tomadas no momento da vacinação. “A agulha utilizada
ao vacinar deve ser trocada a cada 10 animais e não se deve deixar as agulhas
ou seringas imersas em solução anti-séptica, pois essa, quando misturada com
vacina, a inativa”, informou. Além disso, segundo Joélia Guerra, os animais
devem ser poupados do trabalho por pelo menos cinco dias após serem imunizados,
para que não ocorram lesões no local de aplicação.
A Adepará alerta que a não vacinação
acarreta em medidas coercitivas cabíveis, como auto de infração e bloqueio da
propriedade para movimentação, até que a pendência seja solucionada.
Plano Estratégico - Atualmente, o Pará tem
o status sanitário de zona livre da febre aftosa com vacinação. A Adepará tem
se comprometido a cumprir as medidas estabelecidas pelo Plano Estratégico do
Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em 2018, o Pará foi incluído na zona livre
com vacinação, juntamente com os estados de Roraima, Amapá e Amazonas,
configurando a totalidade do território brasileiro como livre de febre aftosa.
Desde abril de 2006, o Brasil se mantém sem ocorrência da doença.
O plano estratégico tem como principal
objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de
país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem
vacinação. Com isso, visa proteger o patrimônio pecuário nacional e gerar o
máximo de benefícios, tanto aos atores envolvidos, quanto à sociedade
brasileira como um todo.
Um dos objetivos preconizados é a
substituição gradual da vacinação, o que implica na adoção de ações a serem
desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do
Serviço Veterinário Oficial (SVO), setor privado, produtores rurais e agentes
políticos.
O plano estratégico do Pnefa também
inclui: ampliação da capacidade dos serviços veterinários, fortalecimento do
sistema de vigilância em saúde animal, interações com as partes interessadas no
programa de prevenção da febre aftosa e realização da transição de zona livre
com vacinação para livre sem vacinação.
Segundo a gerente de Defesa Animal da
Adepará e coordenadora do Plano Estratégico para o Pará Livre da Febre Aftosa,
Mélanie Castro, a meta é substituir a vacinação por uma vigilância veterinária
eficiente no próximo ano.
“Atendendo os critérios estabelecidos no
plano estratégico, com o empenho de todos os atores envolvidos, a previsão é
que a última vacinação ocorra em maio de 2021. Dessa forma, posteriormente, a
vacinação será substituída por ações fortalecidas de vigilância” -, Mélanie
Castro, gerente de Defesa Animal da Adepará e coordenadora do Plano Estratégico
para o Pará Livre da Febre Aftosa.
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