Golpe da Faculdade em Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
Local onde funciona a Faculdade IHELC, a única que não tinha placa indicativa
Momento em que os dirigentes da IHELC foram conduzidos a Seccional
Documentos e recibos comprovando a divulgação de cursos superiores e o recebimento de mensalidades
Estudantes na porta da Seccional aguardando uma decisão
Decisão exaurida pelo Ministério Público Federal no Estado do Pará, através de Procedimento Administrativo do Procurador da República Alan Rogério Mansur Silva, titular da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão da Capital
Cerca de 200 estudantes que cursavam há
quase dois anos o ensino superior ofertado pelo Instituto Educacional Heitor de
Lima Cunha – IHELC, com matriz na Rua Solimões, 18 Parque Amazonas na cidade de
Imperatriz no estado Maranhão e filial na Rua 08, nº 54 - Bairro Dom Orione, na
cidade de Araguaína no estado de Tocantins e uma sub-sede no município de
Tucuruí, na Avenida Raimundo Verdiano Cardoso, 151-A. Foram surpreendidos desde
o início da semana de ‘boatos’ que davam conta de irregularidades na oferta
pelo IHELC de cursos de Licenciaturas, Graduação e Complementação de Estudos
além de Pós Graduação em Humanas, Sociais e Saúde. Por este motivo acionou o
Ministério Público de Tucuruí que recebeu a denúncia e nesta sexta-feira (1),
com a visita do diretor-presidente do Instituto Educacional Heitor de Lima
Cunha, Antônio Assunção Moura, que pela terceira vez desde sua instalação em
Tucuruí estava em visita, para cobrar explicações da legalidade da faculdade,
não sendo convincentes nas suas alegações, os estudantes acionaram a Polícia
Civil, que esteve na sede do Instituto e conduziu toda a coordenação da
faculdade para os devidos esclarecimentos na Seccional da cidade.
Mais de cem estudantes revoltados com o
suposto golpe aplicado há quase dois anos, estiveram na frente da Seccional
para cobrar justiça e exigirem o ressarcimento dos prejuízos, a promotora de
Justiça do Ministério Público foi acionada para acompanhar o depoimento dos
responsáveis pelo instituto, mas, a advogada de defesa dos proprietários
solicitou que o MP através da aluna denunciante retirasse a queixa, para poder entrar
em negociação com os alunos lesados. Mas por orientação do MP a queixa contra
os responsáveis pelo funcionamento da suposta Faculdade irregular na cidade, não
foi retirada, e durante toda a noite o diretor-presidente Antônio Assunção
Moura, o coordenador da Faculdade em Imperatriz Donis e a coordenadora da sede
em Tucuruí a pedagoga Deise da Silva Medeiros foram ouvidos pelo diretor da
seccional o delegado Sandro Rivelino.
Conheça o caso - O Instituto Educacional
Heitor de Lima Cunha – IHELC, instalou sua filial em Tucuruí no ano de 2011,
ofertando cursos de Licenciaturas, Graduação e Complementação de Estudos além
de Pós Graduação em Humanas, Sociais e Saúde, formando cinco turmas, sendo três
de Pedagogia, uma de Serviço Social e uma de Educação Física. Ao longo do curso
superior as aulas eram realizadas nos finais de semana, sendo contratados
professores da cidade e da região para ministrar as aulas que foram divididas
em oito semestres. Até ai nada de irregular, mas com a chegada do início do TCC
dos alunos com vista à formatura, as cobranças pela legalidade da faculdade
ficaram maiores. Mas sempre com as desculpas da coordenação da faculdade que o
processo estava tramitando no MEC, mas, que em 15 anos de atuação sempre formou
e diplomou seus alunos.
Os valores aferidos e recebidos pelos
cursos estão em uma média de R$ 200,00 por estudante, com isso, dos 200 alunos
regulares, só em Tucuruí o grupo arrecadava mensalmente R$ 40.000,00 e ao longo
destes dois anos os alunos já pagaram algo em torno de R$ 1 milhão.
Foi só após, uma pesquisa minuciosa na
internet da legalidade do Instituto Educacional Heitor de Lima Cunha – IHELC,
nos últimos dias, que uma aluna descobriu uma decisão exaurida pelo Ministério
Público Federal no Estado do Pará, através de Procedimento Administrativo do
Procurador da República Alan Rogério Mansur Silva, titular da Procuradoria
Regional dos Direitos do Cidadão da Capital, datada de 29 de março de 2012, que
recomendava a suspensão imediata de todos os cursos e aulas ofertadas em
qualquer município do Estado do Pará, a saber: Tucuruí, Novo Repartimento,
Marabá, Eldorado do Carajás, São Domingos do Araguaia e Bom Jesus do Tocantins.
Segundo informações dos alunos, a
coordenação da Faculdade Instituto Educacional Heitor de Lima Cunha – IHELC,
sempre garantia que todos seriam diplomados após a aprovação nos cursos e os
diplomas seriam expedidos através de “acordo” do diretor Assunção com os
dirigentes das Faculdades particulares de diversos estados da federação, como
por exemplo, a Faculdade Castelo Branco para os formandos de Educação Física e
a Faculdade do Espírito Santo para os demais cursos.
Sempre afirmou que estava respaldado
pela Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conhecida Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB). Mas, segundo consulta realizada pelo Procurador da
República Alan Rogério Mansur Silva do Ministério Público Federal à lista de
instituições de ensino superior credenciadas pelo Ministério da Educação no
Estado do Pará, não foi encontrada a referida instituição, não sendo possível,
portanto, a oferta de cursos de graduação no Estado do Pará.
Eu so quero que mpf autorize a expedicao dos historicos que se torne valido para outra ies das pessoas que nao querem o dinheiro mais sim o curso.
ResponderExcluirOtimo trabalho vc esta de parabens!
ResponderExcluirOtimo trabalho vc esta de parabens!
ResponderExcluirPor isso que antes de fazer meu curso,eu procurei uma faculdade que tivesse transparência !
ResponderExcluirFrancamente hein...
ResponderExcluirE a UEPA com o curso de Educação Física na própria cidade. Embora saibamos que seja uma universidade estadual, problemas de reconhecimento no MEC não hà.
Òtimo aqui no Tocantins tem rombo desta ILHEC e ainda está funcionando até hoje, ninguém recebeu Diploma é uma grande farsa os coordenadores estão embolsando muito dinheiro aqui a coordenadora é uma tal de rose que só enrola.
ResponderExcluirEu sou uma das Alunas que se formou em 2010 e até o momento não recebeu o tão esperado e sonhado diploma e nem historico tenho que farça é esta eh! Ai quando teremos nossos diplomas?
ResponderExcluirFrancisca das Chagas da Silva - Araguaína/TO.
NÃO SÓ NO pARÁ MAS TAMBÉM NO MARANHÃO O IHELC ESTA ENROLANDO MIUTA GENTE E AGORA ELES ESTÃO QUERENDO FORMAR TURMA AQUI EM IGARAPE GRANDE NO MARANHÃO EM OUTRA CIDADES JÁ TEM TURMA É TERMINANDO SÓ NÃO FAÇO É ACREDITAR QUE VAI ENTREGAR DIPLOMA
ResponderExcluirele ja foi souto
ResponderExcluircomo anda sobre esse assunto atualmente vai ser devolvido o dinheiro
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