Sonho da 3ª fase da Usina Hidrelétrica de Tucuruí poderá se tornar realidade

Sonho da 3ª fase da Usina Hidrelétrica de Tucuruí poderá se tornar realidade

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí foi concebida segundo as estratégias estabelecidas pela política do Governo Federal para o desenvolvimento da região Norte, a partir da década de 60, em busca do crescimento econômico da região.

Seu objetivo foi o de atender o mercado de energia elétrica polarizado por Belém, e as elevadas cargas que seriam instaladas em decorrência da implantação de empreendimentos eletro-intensivos, tendo como base o complexo alumínio-alumina.

A linha de transmissão entre Presidente Dutra (MA) e Boa Esperança (PI) promoveu a interligação com a região Nordeste.

Com a entrada em funcionamento da 23 turbina em julho de 2006, a obra que começou há 21 anos e custou ao governo federal US$ 6 bilhões, tornou-se a maior usina brasileira construída totalmente em território nacional com capacidade instalada de 8.370 megawatts, podendo gerar energia a 40 milhões de brasileiros.

O governo federal através do Ministério de Minas e Energia observando que nos períodos de verão, a geração de energia em quase sua totalidade está sendo de exclusividade através das fontes alternativas térmicas nos períodos de estio das hidroelétricas, encomendou estudos à Eletronorte para o aumento da geração média da Usina de Tucuruí, com isso, o sonho de uma 3ª etapa da obra de ampliação na geração de energia através da UHE Tucuruí, poderá após a conclusão dos estudos, sair do papel e reaquecer a economia da região e trazer de volta investimentos e o desenvolvimento dos municípios circunvizinhos da hidrelétrica.

Em 2008, o ex-presidente da Eletrobrás José Antônio Muniz, ao ser perguntado se a Usina de Tucuruí teria condições de futura ampliação, Muniz acenou com a possibilidade de uma 3ª fase da Usina de Tucuruí, aumentando sua capacidade em quase 3.000 megawatts, mas, que naquela ocasião, estas possibilidades eram muito prematuras, em função dos investimentos para a construção da Usina de Belo Monte no rio Xingu em Altamira.

Passado cinco anos, e em função das altas temperaturas registradas no período de verão no país, o governo federal, deu início à possibilidade da ampliação da UHE Tucuruí com a realização de estudos através da Eletronorte, que ainda não foram concluídos, preliminarmente com o advindo da terceira estrutura de geração de energia em Tucuruí, acresceria em 2.000 a 2.500 MW, confirmando a previsão de Muniz em 2008, com isso, à potência atual da usina de 8.700 megawatts, seria ampliada para 11.200 MW igualando-a a da  futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Avaliações preliminares não assinadas apostam que é possível agregar potência a Usina de Tucuruí a um custo entre R$ 2 a R$ 3 bilhões e sem impacto ambiental, pois já há um lago formado que alimenta as turbinas existentes.

Como o período chuvoso na região norte e maior, a Usina de Tucuruí tem a necessidade de abrir seus vertedouros durante quase três meses por ano, com isso, assegurando um nível máximo suportado no represamento do lago.

Em hidroelétricas, água vertida é energia desperdiçada, portanto, é possível usar o excesso do inverno para gerar em Tucuruí e com isso, como o sistema é interligado, poupar água, ou compensa-la, em outros reservatórios.

Como a Usina de Tucuruí, já tem histórico positivo em ampliação, e seu lago já formado tem condições de atender a necessidade de novas casas de forças, inclusive as obras não teriam nenhum impedido ambiental, o governo federal deverá acelerar tais estudos e pela atual situação que paira sobre o setor energético do país, viabilizar recursos para o início da 3ª fase da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, sendo que as novas casas de forças poderão ser construídas na área de barramento que ficam mais próximas ao município vizinho de Breu Branco. (Wellington Hugles)