Foto: Wellington Hugles
Vereador Tom Bonfim (PT), "os vereadores desta casa em nossa legislatura não podem em sua maioria continuar submissos ao aos desejos e aos vetos do prefeito"
REAJUSTE SALARIAL: Prefeito apresenta
veto e exigi aumento aos secretários
Em sessão ordinária da Câmara de
Vereadores de Tucuruí realizada na manhã desta terça-feira (6), entrou em pauta o expediente
oriundo do gabinete do prefeito, que em seu bojo, comunicou o veto parcial do
prefeito Sancler Ferreira (PPS), ao Projeto de Lei do Legislativo Municipal, que
conforme o que rege o Regimento Interno da Câmara, Lei Orgânica do Município e
a Constituição Federal, determina aos legisladores a obrigatoriedade do
reajuste nos salários do prefeito e vice-prefeito, além dos secretários municipais e
vereadores para o futuro quadriênio, dentro do que estabelecem os tetos
salarias vigentes no Brasil.
Ao apagar das luzes antevéspera as
eleições, o Projeto de Lei foi aprovado pelos vereadores no dia 5 de outubro, garantindo
o princípio de anterioridade, tendo em vista a realização das eleições, com
isso, os legisladores que tinham a obrigatoriedade de reajustar os salários do
prefeito e vice-prefeito, secretários municipais e presidentes de autarquias e
dos vereadores, cumpriram seu papel, garantindo um aumento na seguinte
proporção: para o prefeito os vencimentos passaram dos atuais R$ 11 mil, para R$
18 mil, um aumento percentual de 67 %. Os salários dos vereadores que
atualmente é de R$ 4.800,00, foi garantindo o teto máximo constitucional de 40
% do valor do salário do deputado estadual, que atualmente e de R$ 20 mil,
passando o salário dos legisladores tucuruienses para R$ 8 mil.
Já os salários
dos secretários municipais e presidentes de autarquias que atualmente é de R$
4.200,00 e o salário da vice-prefeita que e de R$ 9 mil, não receberam nenhum
reajuste. Segundo os vereadores, durante esta legislatura de 2009 a 2012, os
secretários recebiam um salário igual a de um vereador, por este motivo, os edis
não realizaram o reajuste em função dos seus vencimentos estarem superiores ao
dos legisladores, e com referência ao salário da vice-prefeita, nós quase
quatro anos da atual administração a vice-prefeita além de seus vencimentos da sua
função, recebia ainda o salário como secretaria de saúde, com isso acumulando
um valor superior ao próprio salário do chefe do executivo municipal.
Veto – Em seu veto, o prefeito Sancler
Ferreira, solicita aos legisladores que revejam os seus posicionamentos, e que
realizem o aumento salarial das demais categorias dos seus secretários
municipais e da vice-prefeita, "determinando" aos vereadores que utilizem a mesma
proporcionalidade que foi utilizada para o reajuste dos vencimentos do prefeito.
Por unanimidade os vereadores presentes aprovaram
pelo encaminhamento do Projeto de Veto Parcial para as Comissões de Constituição
e Justiça e de Finanças, para que sejam exauridos os devidos pareceres, mas,
diante mão os legisladores tanto oposicionistas como governistas, não aceitaram
a interferência do executivo em matéria exclusiva do legislativo que trata do reajuste
salarial para o quadriênio de 2013 a 2016, com isso, "vindo à tona" o primeiro "embate" após a reeleição do atual prefeito, que deverá colocar novamente em
prova sua bancada, para tentar “agraciar” os seus futuros secretários e a
vice-prefeita, com o aumento de quase 70% em seus salários através de decisão
da atual legislatura da Câmara de Tucuruí, que, diga-se de passagem, foi
renovada em 90% nas últimas eleições pela população tucuruiense.
Este será um grande embate, que poderá
ser travado na próxima sessão da Câmara, desde que, o prefeito reeleito, se
sinta seguro na aprovação do seu veto parcial ao projeto da Câmara de Tucuruí.
Orçamento 2013 – Próximo ao final da
atual legislatura, que se encerra em dezembro, ainda arrasta-se pelas Comissões
da Câmara, o Projeto de Lei nº 0102/2012 datado de 28 de setembro de 2012, que
estima a receita, e fixa as despesas do município de Tucuruí para o exercício
de 2013 em R$ 274.533.600,00 (Duzentos e setenta e quatro milhões, quinhentos e
trinta e três mil e seiscentos reais). Projeto que deverá ser aprovado
impreterivelmente antes do final do ano, mas, que já encontra inúmeras
barreiras nos investimentos apresentados, e principalmente pelos valores assegurados
para a administração do legislativo, no montante de pouco mais de R$ 5 milhões,
com isso, a Câmara de Vereadores que em 2013 passará a ter 13 vereadores,
receberá pouco mais de R$ 400 mil ao mês, sendo que com o reajuste dos salários
dos vereadores, e o aumento no número de cadeiras de 10 para 13, só com a folha
de pagamento dos vereadores, a Câmara vai dobrar dos atuais R$ 48 mil para R$
104 mil. (Wellington Hugles)
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