Estudantes lavam as portas e calçadas da prefeitura de Tucuruí cobrando que o prefeito Sancler Ferreira cumpra com sua palavra

Estudantes realizaram a lavagem das portas e calçadas da frente da prefeitura de Tucuruí, solicitando lisura e transparência do prefeito Sancler Ferreira com o cumprimento de sua palavra e o reconhecimento de sua assinatura

Fotos: Wellington Hugles

Policiamento de choque estava a postos para equacionar qualquer excesso dos manifestantes 

Estudantes exigem cumprimento de acordo por Sancler Ferreira

Passagem de ônibus reajustada em 12,5 % em Tucuruí causou diversas manifestações pelas ruas da cidade

  

Mais de mil estudantes comandados pala União dos Estudantes Secundaristas de Tucuruí – Unest, juntamente com dezenas de lideranças comunitárias, realizaram na manhã desta terça-feira 10, em Tucuruí, uma grande mobilização social, com passeata vindas das escolas, e com a participação da população dos bairros de origem, que de modo geral estão descontentes com a administração municipal em função do não cumprimento do acordo firmado pelo prefeito Sancler Ferreira com a direção da Unest em reunião realizada no último dia 9 de dezembro.

A concentração aconteceu em frente à sede administrativa da Prefeitura de Tucuruí, onde as lideranças do movimento realizaram diversos discursos, solicitando a atenção do prefeito ao que foi sacramentando por ele através de sua assinatura, garantindo a suspensão por 90 dias do aumento da passagem, estudo técnico de planilha de custo, formação de uma comissão fiscalizadora paritária e a revogação da concessão do monopólio de transporte público por mais 12 anos para a empresa Viação Tucuruí assinado pelo prefeito.

Para o presidente da Unest Rogerio Carrera, os estudantes foram enganados mais uma vez pelo prefeito Sancler Ferreira, “pois naquela ocasião faríamos uma manifestação na prefeitura, mas como a CGU estava realizando auditoria, o prefeito prometeu não acatar o aumento da passagem aprovado pela Câmara”, foi apenas um engodo, haja vista, que Sancler Ferreira não vetou e não reencaminhou a Câmara o projeto congelando a tarifa de ônibus.

Segundo informações da assessoria de comunicação da PMT, o prefeito Sancler Ferreira encontra-se cumprindo agenda fora do município, e devido ao período de recesso iniciado no dia 19 de dezembro e termino previsto para o dia 17 de fevereiro, só após os 60 dias de recesso da administração municipal e que deverá ser tomada alguma providência com referência a este assunto.

Após um mês de impasses entre o executivo, legislativo e entidades comunitárias e estudantes, no último dia 30 de dezembro o vereador presidente da Câmara Municipal de Tucuruí José Gomes da Silva, sancionou o projeto de Lei nº 388/2011 após ter passado o prazo de veto ou homologação pelo prefeito Sancler Ferreira que foi encaminhado no dia 28 de novembro pelo prefeito aos vereadores pedindo a aprovação do aumento de 12,5 % da passagem de ônibus passando de R$ 2,00 para R$ 2,25 aprovado pela maioria dos edis no último dia 6 de dezembro.

Reunião – Na manhã do dia 9 de dezembro, o prefeito Sancler Ferreira teve uma reunião com a direção da Unest e o diretor do Instituto Federal professor Raimundo Sanches, na oportunidade uma ata de compromissos foi assinada pelos presentes, sendo que o prefeito prometeu suspender após o dia 1º de janeiro de 2012, o aumento da passagem do transporte coletivo por 90 dias, fato que não ocorreu, sendo mais uma demonstração do descaso do prefeito com a população tucuruiense.

Repúdio – Em forma de repúdio os estudantes realizaram uma lavagem nas portas e calçadas em frente à prefeitura de Tucuruí, garantindo a lisura e a transparência pelo menos do prédio da prefeitura, isso porque, o prefeito não cumpriu com o que se comprometeu e assinou, ficando transparente a falta de respeito com a população da cidade.

Na oportunidade os manifestantes convocaram outra passeata com data a ser definida, segundo os lideres do movimento caso o gestor municipal não tome nenhuma providência os estudantes prometem radicalizar.

Toda a manifestação foi pacífica e acompanhada atentamente pela guarnição da polícia militar comandada pelo Capitão Augusto e o policiamento de choque já estava a postos para equacionar qualquer excesso dos manifestantes no caso da possibilidade da depredação do patrimônio público. (Wellington Hugles)