sábado, 10 de agosto de 2019

Prefeito de Dom Eliseu apresenta queixa-crime contra o promotor do município


Ayeso Gaston Siviero, pede o julgamento e a condenação do promotor Maurim Vergulino por calúnia e difamação

O prefeito de Dom Eliseu, Ayeso Gaston Siviero apresentou, na última quarta-feira (7), queixa-crime ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) contra o promotor público daquela cidade, Maurim Lameira Vergolino, em razão de graves atos praticados pelo representante do Ministério Público Estadual.  O gestor acusa o promotor pelos crimes de calúnia e difamação, previstos nos artigos 138 e 139, respectivamente, do Código Penal Brasileiro.

Diz a queixa-crime que o promotor vem sistematicamente criticando a gestão por meio de redes sociais e também o acusando em ações judiciais. Afirma ainda que o prefeito teve sua honra denegrida pelo promotor Maurim Vergolino.

Conta o prefeito na queixa-crime que, em 6 de junho passado, o promotor ajuizou contra ele “Ação Civil Pública (ACP) para anulação de contrato administrativo cumulado com a obrigação de fazer ressarcimento de danos ao patrimônio público e responsabilização por atos de improbidade administrativa”.

Afirma ainda Ayeso Siviero que o promotor o acusa de, em razão da ACP, ter ameaçado a juíza da Comarca de Dom Eliseu, Célia Gadotti Bedin, após a magistrada ter despachado as ações de improbidade administrativa e determinado o sequestro de bens dele.

“Resta clara a imputação ofensiva que o querelado [o promotor] atribuiu ao querelante no sentido de que o mesmo estaria ameaçando uma Juíza de Direito, sem qualquer comprovação do alegado, o que caracteriza crime contra a honra”, diz trecho da queixa-crime ajuizada contra o promotor.

Ademais, ainda segundo o documento, verifica-se que o processo não se encontra sob segredo de justiça, dando publicidade do fato ofensivo à honra do prefeito, o que caracteriza o crime de difamação e “merece a intervenção do Judiciário para as devidas providências legais”.

Prefeito publicou nota se defendendo - Com a repercussão do caso na Imprensa e nas redes sociais, Ayeso Siviero publicou extensa Nota de Esclarecimento nas redes sociais afirmando, em resumo, que, em que pese todo o respeito e atenção que ele e sua equipe sempre deram ao Ministério Público, em especial ao promotor Maurim Lameira Vergolino, estava começando a estranhar a insistência de Vergolino em pedidos de afastamento, “estas motivadas por denúncias realizadas por uma organização criminosa guiada exclusivamente pela inveja, ódio e ganância desmedida”.

“Muitos integrantes dessa organização criminosa tiveram, inclusive, prisões preventivas decretadas, por entender a Justiça que os mesmos agiam, mediante práticas ilegais, visando tomar de assalto a cadeira do Poder Executivo Municipal”, afirma o prefeito na nota.

Mais adiante ele diz: “Eles não desistiram… E, agora, estão atuando de forma mais sofisticada, têm conseguido induzir o representante do Ministério Público constantemente ao erro, com o único objetivo de tentar convencer o Magistrado [sic] a satisfazer seus intentos egoístas e mesquinhos”.

Promotor se defendeu por meio da Associação do MPPA - Ante a nota do prefeito, a Ampep (Associação do Ministério Público do Estado do Pará) publicou Nota de Desagravo em apoio ao promotor Maurim Lameira Vergolino. O comunicado diz que “o associado foi alvo de um vídeo com insinuações falsas, divulgado nas redes sociais pelo prefeito municipal, Ayeso Gaston Siviero”.

Queixa-crime pede a condenação do promotor - Ao final da queixa-crime apresentada esta semana à Justiça do Pará, o prefeito de Dom Eliseu, Ayeso Gaston Siviero, pede: o julgamento e a condenação do promotor por calúnia e por difamação; a manifestação do Ministério Público na condição de Custus Legis [Guardião da Lei); a citação do promotor para responder à ação penal privada; e que ele seja punido com a pena máxima prevista nos artigos 138 e 139 do Código Penal Brasileiro, totalizando três anos de detenção; e, ainda a produção de provas por todos os meios admitidos em direito.

Com informações de: Eleuterio Gomes – de Marabá

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