Sua Trajetória - Raimundo Ribeiro
de Souza nasceu em 24 de dezembro de 1931, na cidade de Dom Pedro, estado do
Maranhão, filho de Eduardo Ribeiro de Souza e Mariana Souza, ainda criança veio
com seus pais para a cidade de Marabá, onde concluiu seu curso primário
trabalhando como tipógrafo.
Em Marabá formou sua primeira
família do matrimonio nasceram seus primogênitos filhos: Ademir Souza, Raimundo
Laerte Souza e Dilma Souza.
No meado do ano de 1950, com
apenas 19 anos, Raimundo Ribeiro de Souza, chegou a Tucuruí, onde seu pai
Eduardo prestava serviços como empreiteiro para a Estrada de Ferro Tocantins,
fornecendo dormentes.
Ao chegar à cidade, Raimundo
Ribeiro de Souza foi trabalhar como balconista na Cooperativa dos Funcionários
da Estrada de Ferro Tocantins.
No ano de 1962, Raimundo
Ribeiro de Souza casou-se pela segunda vez, com Maria de Nazaré Vieira sendo
abençoado com o nascimento de cinco filhos: Hellem Souza, Eduardo Heldem Souza,
Heber Jorge Souza, Hellene Souza e Heleide Souza.
A saga política de “Diquinho”
- Raimundo Ribeiro de Souza, conhecido popularmente como “Diquinho”, deu início
a sua história na política tucuruiense e do Pará no ano de 1956, com apenas 25
anos de idade foi eleito vereador pelo extinto P.S.P. (Partido Social
Progressista), graças a sua excelente atuação no parlamento municipal, teve sua
reeleição garantida como vereador no ano de 1960, através da união de ilustres
personalidades que formaram a coligação denominada “Coligação Democrática
Paraense”, vencedora das eleições de 1960.
No ano de 1961, “Diquinho” foi
conduzido ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Tucuruí, onde trabalhou
incansavelmente na apresentação de projetos para o crescimento e o
desenvolvimento da cidade.
Em função da sua excelente
atuação como presidente da casa de leis do município, seu passaporte foi
carimbado para disputar a Prefeitura Municipal nas eleições de 1964.
Com apenas 33 anos de idade e
com uma ascensão fantástica na política de Tucuruí, Raimundo Ribeiro de Souza
foi eleito prefeito de Tucuruí tendo como colega de chapa o vice-prefeito
Carlos Silva, a vitória foi registrada com a diferença apertada de apenas 22
votos do segundo colocado.
Na época sua posse só foi
confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE, depois de passado o período
das mudanças nacionais impostas com a revolução militar de 1964 e do
esclarecimento de uma denúncia solicitando a impugnação de sua eleição e posse.
A denúncia – Raimundo Ribeiro
de Souza sempre foi considerado um grande defensor dos pobres e oprimidos e um
guerreiro nato na construção de sua carreira política, sempre superando as
barreiras encontradas, uma delas foi à ocasião de sua diplomação como prefeito
eleito de Tucuruí.
Os seus correligionários e
familiares contam que na ocasião em que recebeu seu Diploma de prefeito de
Tucuruí, ao tentar tomar posse de fato e direito do gabinete do prefeito no
prédio do poder executivo recebeu o comunicado que tramitava um recurso no TRE,
solicitando a impugnação de sua chapa, no pedido a alegação seria que Raimundo
Ribeiro de Souza era militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB, que
naquela ocasião existia na ilegalidade no Brasil.
Imediatamente o prefeito
eleito “Diquinho” e seu vice-prefeito Carlos Silva viajaram a cidade de Belém
capital do Pará, para esclarecerem o impasse criado pela oposição, que perderam
a eleição realizada democraticamente e não queriam por força que o vencedor
exercesse o cargo de prefeito.
Em Belém, graças a sua
simplicidade e seu carisma, Ribeiro de Souza, conseguiu agendar uma audiência
com o chefe do Serviço Nacional de Inteligência – S.N.I., que na época era
exercida pelo Coronel Jarbas Passarinho.
Na audiência o prefeito eleito
e diplomado Raimundo Ribeiro de Souza e seu vice-prefeito Carlos Silva, fizeram
um histórico de suas vidas, pessoais e políticas, esclarecendo infundada a
denúncia de suas participações de partidos de esquerda no estado. O Coronel
Jarbas Passarinho, ouviu atentamente os esclarecimentos e solicitou um tempo
para analisar o caso.
Passado três dias, “Diquinho”
e Carlos, foram convocados ao escritório do S.N.I. Após algumas horas foram
recebidos pelo Coronel Jarbas Passarinho que imediatamente repassou a
“Diquinho” uma certidão garantindo que nada constava contra sua pessoa com
referência a denúncia. Passarinho orientou “Diquinho” que voltasse a Tucuruí e
“governasse pelo bem de seus moradores”.
Parceria – Passado este
episódio, Ribeiro de Souza começou a ter um grande elo de amizade e parceria
com o Coronel Passarinho.
Os seus primeiros anos de
governo foi marcado com muitas dificuldades devido à escassez de recursos, haja
vista, que a movimentação financeira era basicamente dos funcionários da Estrada de Ferro Tocantins.
Graças a sua articulação
política e as amizades construídas, o prefeito “Diquinho”, cerrou fileiras no
partido da ARENA, naquela época representava a base de sustentação do governo e
em contra partida com a revolução e a extinção dos partidos, ficaram apenas a
ARENA partido da situação e foi criado o MDB partido contrário ao governo.
Em 1964, assumiu a presidência
do Brasil o Marechal Castelo Branco e como governador do estado do Pará Coronel
Jarbas Gonçalves Passarinho, foi então que graças à amizade formada com o
governador Passarinho que o estado começou a ajudar Raimundo Ribeiro de Souza
na prefeitura de Tucuruí.
Na ocasião a cidade começou a
se transformar num canteiro de obras com a parceria do governo do estado,
diversas obras foram executadas entre elas: Construção da Rampa de Embarque e
Desembarque nas margens do Rio Tocantins; Construção do Mercado Municipal que
antes funcionava a sede da Prefeitura Municipal numa casa de madeira.
Construiu ainda o Palacete
Municipal de Tucuruí, atual Câmara Municipal Palacete Raimundo Ribeiro de Souza
e no espaço em frente foi construída à Praça Jarbas Passarinho antes denominada
de Praça Barão do Rio Branco.
Em seu governo foram
realizadas obras de infraestrutura como a abertura de diversas vias: Rua Santa
Terezinha; Vila Sudam atual Av. Presidente Médici, Vila Progresso atual Dom
Cornélio Vermans.
Na área de segurança pública
foi em seu governo que foi construída a Delegacia de Polícia (na Lauro Sodré).
Na educação municipal construiu várias escolas entre elas: Escola Isolada do
Murú, Escola Isolada do Breu Branco, Escola Mista de Santa Rosa, Escolas
Reunidas Pedro Teixeira.
Com uma ampla visão de futuro
“Diquinho” realizou a construção da ponte sobre o Igarapé Santana; ponte em
madeira de lei no Igarapé Góes; nivelamento e bordaduras da Travessa Lauro
Sodré; Rodovia Tucuruí/ Caripé, estrada Santa Rosa/Bacuri, estrada Breu
Branco/Breu Velho, estrada Breu-Velho/Anuerá; estrada breu branco/Capuerana,
estrada Remansão do centro/Remansão da Beira.
Foi “Diquinho” que já pensando
na fomentação e na prática do esporte, que construiu o primeiro campo oficial
de futebol do município.
Muitos diziam que Ribeiro de
Souza tinha pensamentos audaciosos e que suas ideias eram inviáveis, mais em
todas as suas empreitadas “Diquinhio” sempre cumpriu com seus objetivos, desta
vez, devido a grande carência de energia e a deficiência no fornecimento de
energia elétrica e no abastecimento de água, mais uma ideia foi colocada em
prática por Ribeiro de Souza.
Naquela época o fornecimento
de energia elétrica era realizado através de uma Usina de Força e Luz, abastecida
com óleo diesel, localizada na Rua Santo Antônio atualmente onde funciona a
Farmácia de Medicamento Popular antigo Sopódromo.
Devido ao acelerado
crescimento da cidade, o fornecimento de energia não estava suprindo a demanda.
Foi quando o idealista Ribeiro
de Souza iniciou em parceria com a Estrada de Ferro Tocantins, através de seu
diretor Major Khouri foi iniciada a construção da Mini Hidrelétrica de Tucuruí
no Bairro da Jaqueira, hoje conhecida como Hidráulica.
No início da construção da
Hidráulica, Raimundo Ribeiro de Souza teve muitas dificuldades e chegou a
solicitar cimento para o governador Alacid Nunes por intermédio da grande
amizade que tinha com o Coronel Jarbas Passarinho, que encaminhou um bilhete ao
governador com a seguinte redação: ”Atenda este prefeito que sonha com os olhos
abertos um sonho bom”.
O governador Alacid Nunes se
empolgou com a ideia de Ribeiro de Souza e prometeu doar ao munícipio uma
turbina que seria fabricada no estado do Rio Grande do Sul, a turbina chegou a
ser entregue em Belém, porém nunca chegou à cidade de Tucuruí, a ideia do
projeto da Mini Hidrelétrica ficou inviabilizada e a obra nunca foi concluída,
sendo uma das grandes frustrações de “Diquinho” em seu governo.
Como nunca desistia de seus
sonhos, “Diquinho” passou a perseguir a solução da falta de energia elétrica,
sendo solucionada com a aquisição de 2 motores conjugados da marca Scania.
O caminho do sucesso –
Raimundo Ribeiro de Souza renunciou o cargo de prefeito de Tucuruí no dia 15 de
julho de 1968, para assumir a direção da Estrada de Ferro Tocantins,
permanecendo na função ate sua extinção no ano de 1973; através da Portaria nº
257/73 do Ministério dos Transportes determinando à paralisação da Estrada de
Ferro Tocantins, com a desculpa que sua manutenção estava trazendo prejuízos
aos sofres da nação.
Na última viagem da Maria
Fumaça, em cada parada que fazia “Diquinho” discursava emocionando a todos.
A ascensão estadual - Raimundo
Ribeiro de Souza era um político por vocação, sempre foi um homem com poucos
recursos, mais, honesto e de um caráter forte, graças a estes requisitos, o
Coronel Jarbas Passarinho, seu amigo particular, convidou Ribeiro de Souza,
para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Pará. “Diquinho” antes
de dar sua resposta procurou o apoio dos amigos que o foram solícito a sua
candidatura.
Mesmo não sendo filho da
terra, “Diquinho” sempre batia no peito e dizia que se considerar filho de
Tucuruí.
Raimundo Ribeiro de Souza foi
eleito o primeiro Deputado Estadual de Tucuruí pela legenda da ARENA, no dia 15
de novembro de 1974, com 6.311 votos, sendo 2.000 votos de Tucuruí e 1.000
votos de Belém, “Diquinho” foi bem votado nos municípios de Baião, Jacundá,
Cametá, Senador José Porfírio e em Marapanim.
No parlamento estadual Ribeiro
de Souza desempenhou seu papel atuando nas seguintes funções: membro titular
das comissões de economia, finanças, fiscalização financeira e orçamento,
comissão de transportes, comunicações de terras e obras públicas e suplente da
comissão de educação, saúde e assistência social.
Atou como vice-líder do
governo Aluísio Chaves e primeiro secretário da mesa diretora da Assembléia
Legislativa (cargo que permaneceu por apenas 20 dias em função de sua morte
súbita).
Sua atuação como deputado foi
reconhecida através de diversas matérias de interesse coletivo: Solicitou a
presença de uma comissão da secretaria do estado de educação com o objetivo de
verificar in loco a situação e necessidade do ensino de 1º grau, bem como
estudos para implantação do 2º grau em Tucuruí; E no setor da saúde pediu uma
comissão da secretaria do estado de saúde com a finalidade de levantar as
necessidades no setor da saúde, apresentando relatório destinando a solução;
Consegui uma equipe da Telepará, para elaborar estudos para implantação de
novos equipamentos e extensão da rede telefônica urbana; Trouce uma equipe da
Cosanpa com o objetivo de estudar a possibilidade de expansão da rede de
abastecimento de água, inclusive, aos novos loteamentos que servem de
continuidade da cidade; Foi dele a iniciativa da criação de uma comissão de
técnicos para elaborar um plano preliminar de desenvolvimento local integrado
do município de Tucuruí.
Outros requerimentos também
foram formalizados como: pedindo ao engenheiro diretor do 2º distrito regional
do DNOS, no sentido de que determine estudo para a elaboração de um projeto de
infraestrutura do sistema viário da cidade de Tucuruí; solicitou ao diretor
geral do Departamento Nacional de Portos e Vilas Navegáveis, no sentido de que
determine o início das obras do porto da cidade de Tucuruí, cujo projeto foi
elaborado pela 2ª diretoria do referido departamento; interviu junto aos
presidentes do Banco do Brasil e do BASA, dirigindo apelo do povo tucuruiense
no sentido de que mandem proceder a estudos geo-socioeconômicos para a
instalação de agências dos referidos estabelecimentos de crédito em Tucuruí;
oficie ao presidente nacional do INCRA, apelando para que determine a quem de
direito, ordem no sentido de que proceda a regularização das áreas ocupadas no
município de Tucuruí, expelindo, consequentemente, a necessária documentação
oficial.
Mesmo atuando no legislativo
Ribeiro de Souza conhecedor profundo das carências de Tucuruí, preocupado com a
grande explosão demográfica da cidade, e sabedor do perigo que representava o
pequeno campo de aviação da cidade, segundo ele, o aeroporto já estava
praticamente no centro de Tucuruí, colocando em alto risco a segurança dos
habitantes; aeronaves e de seus passageiros.
Neste sentido o deputado
Ribeiro de Souza, requereu na sessão de 04 de setembro de 1975, que a
Assembléia Legislativa do Pará oficializasse ao diretor da COMARA, Coronel
Otomar da Silva Lopes, o pedido do parlamentar no sentido de colocar em
prioridade, a construção do aeroporto da cidade Tucuruí, que seria uma forma de
garantir um maior respaldo a obra de construção da hidrelétrica do Tocantins,
tendo em vista que a área destinada ao mesmo já estava topograficamente
levantada e reservada.
No período dos seus dois anos
e mais alguns dias de mandato com deputado estadual genuinamente representante
de Tucuruí, Raimundo Ribeiro de Souza o querido amigo de todos “Diquinho”, usou
o parlamento para tentar resolver todos os problemas emergências de Tucuruí,
tanto os pequenos quanto os grandes, como por exemplo, a implantação da Cobal,
com isso reduzindo o valor da cesta básica dos tucuruienses. Foi ele quem trouce o Funrural, que posteriormente se transformou no Hospital da Fundação
Nacional de Saúde.
Graças a seu trânsito nos
órgãos de governo conseguiu a instalação das agências bancarias do Banpará,
BASA e Banco do Brasil.
Grandes bandeiras de lutas
foram levantadas pelo idealista Ribeiro de Souza, que travou acirradamente uma
batalha pelo baixo índice da quota de ICM – Imposto de Circulação de
Mercadorias, que cabia a Tucuruí. Devido aos muitos pronunciamentos em defesa
desta causa, na edição do Jornal informativo da Alepa “Legislativo em Marcha”
do dia 20 de novembro de 1975, foi publicada uma entrevista com o secretario de
fazenda do estado que disse: “o governo estará reexaminando os índices de
distribuição das quotas do ICM, em face da reclamação que foi feita pelo
deputado Raimundo Ribeiro de Souza, através do deputado Brabo de Carvalho, que
deu como exemplo o caso de Tucuruí, que com mais movimento comercial e até
indústrias recebe muito menos do que o município de senador José Porfírio”.
Para “Diquinho” a maior
felicidade de sua vida seria presenciar a Usina Hidrelétrica de Tucuruí em
funcionamento, ele dizia: “um dia cantarei o hino nacional quando as turbinas
forem acionadas, aí, ninguém mais segura Tucuruí, e, nem o Ribeiro de
Souza”.
A dia fatídico - Na manhã do dia 18
de março de 1977, uma sexta-feira por volta das 6:30 h, a população de Tucuruí
e do Pará acordou recebendo a notícia de um grave acidente ocorrido na Rodovia
PA 70, que ligava Marabá a Belém/Brasília. Exatamente nas proximidades do Km
53, um veículo Fusca, trafegava com a velocidade acima de 80 km, em uma estrada
de piçarra, inexplicavelmente o veículo derrapou, e, em seguida capotou três
vezes.
No veículo estavam o deputado
estadual Raimundo Ribeiro de Souza e seu amigo o jornalista Biamir Siqueira,
após o acidente as vítimas foram socorridos cerca de uma hora depois do
acidente, por um motorista de caminhão que trafegava na rodovia.
“Diquinho” ainda estava com
vida, sendo levado para a Clínica de Vila Rondon, porém face aos inúmeros
ferimentos e ao traumatismo craniano o deputado veio a falecer após poucos
minutos de sua internação.
O ex-vereador, ex-prefeito e
deputado estadual representando a cidade que tanto amava Tucuruí, Raimundo
Ribeiro de Souza o “Diquinho” faleceu aos 46 anos de idade, regressando a
Tucuruí de suas atividades como parlamentar na Assembleia Legislativa do Pará
que atuou ativamente por 2 anos, 2 mês e 17 dias.
O sepultamento – Toda a
população de Tucuruí ficou abalada, seus familiares ficaram inconsoláveis pela
perda fatal, políticos tanto da ARENA seu partido como os Peemedebistas foram
solidários a perda de um grande parlamentar.
Segundo declarações do
Deputado Antônio Pereira, amigo particular, na véspera da viagem ainda tentou
convencer “Diquinho” de não viajar de carro, tentando convencê-lo de ir de
avião, porém o deputado preferiu ir de carona com o amigo jornalista Biamir
Siqueira, sendo que seu destino já estava traçado e sua viagem iniciada em
Belém foi finalizada nos braços de Deus.
Prematuramente a perda de
Ribeiro de Souza deixou uma grande lacuna na política local e estadual, sendo
que graças a sua atuação “Diquinho” estava bem cotado para a disputa de cargos
mais elevados na defesa do Pará nas eleições vindouras.
Por volta das 17:30 h o corpo
do deputado chegou ao Aero Clube de Belém, que encontrava-se lotado com
deputados, parentes e amigos, que não acreditavam ao ver descer do avião o
corpo do deputado líder de Tucuruí Ribeiro de Souza em um caixão.
Seu corpo foi conduzido ao
salão nobre da Assembléia Legislativa, e o velório iniciou as 20:30 h e
permaneceu até as 7 h do sábado (19), sendo celebrada a missa de corpo presente
e o cortejo sairia para o sepultamento em Belém.
Na cidade de Tucuruí uma
grande manifestação popular tomou as ruas pedindo que o corpo de seu líder
fosse sepultado na terra que ele escolheu como sua, a família emocionada com a
demonstração de carinho dos tucuruienses, atendeu ao pedido da população e após
a missa o corpo foi levado de avião para Tucuruí.
Durante todo o dia 19 de março
a população prestou sua última homenagem no funeral de Raimundo Ribeiro de
Souza que foi realizado na Câmara Municipal.
Na manhã do dia 20 de março de
1977, o corpo do Deputado Raimundo Ribeiro de Souza foi sepultado no Cemitério
Santa Isabel, era um domingo ensolarado, mas a população estava triste pela
perda do amigo e irmão “Diquinho”, a cena era de uma cidade abandonada e de
luto, ninguém após o término da cerimonia no cemitério saiu às ruas, nem um som
se quer era ouvido em toda a cidade, muitos acreditam que esta data foi a mais
triste ocorrida na história da cidade de Tucuruí. (Wellington Hugles com
informações de Heleide Souza e Miguel Oliveira)
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