Usina Hidrelétrica de Tucuruí
a maior usina genuinamente brasileira
Casa de força da UHE Tucuruí com 25
turbinas em plena geração de energia
Inauguração da
primeira turbina geradora em 22 de novembro de 1984, em Tucuruí, pelo presidente General João Batista Figueiredo
Registro do primeiro lançamento de
concreto da UHE Tucuruí, na
foto histórica Camargo Corrêa e
Garcia Lanno
Inauguração da 13ª turbina, em 2002, pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso
Inauguração da 17ª turbina da UHE Tucuruí, pelo presidente Luis Inácio Lula
da Silva, juntamente com o governador Simão Jatene e a ministra Dilma Rouseff
O ex-presidente da Eletronorte e atual diretor da Eletrobras, Engenheiro Antonio Muniz Lopes, um dos principais idealizadores da UHE Tucuruí, UHE Belo Monte e defensor da instalação da 3ª etapa da UHE Tucuruí
Senador da República representante do estado do Mato Grosso do Sul, Delcidio Amaral, primeiro Superintendente da Usina Hidrelétrica de Tucuruí será homenageando na programação dos 30 anos da UHE Tucuruí
Atual Superintendente da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, engenheiro Antonio Augusto Bechara Pardauil, atuando com competência e responsabilidade na gestão de Geração Hidráulica, sendo reconhecida pela Fundação Nacional da Qualidade através da conquista da premiação no Programa Nacional de Qualidade - PNQ
O diretor de Operação da
Eletrobras Eletronorte, Wady Charone Júnior juntamente com o Superintendente de Geração Hidráulica da UHE
Tucuruí Antonio Augusto Bechara Pardauil
O diretor de Operação da Eletrobras Eletronorte, Wady Charone Júnior recebendo premiação nacional representando a Eletronorte Eletrobras
Diretoria da Eletronorte participou do acionamento da iluminação tradicional em comemoração as festas Natalinas em Tucuruí, na noite desta segunda-feira (24)
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Arquivo
Divulgação/Wellington Hugles
A Usina Hidrelétrica de
Tucuruí construída no Rio Tocantins, em Tucuruí, sudeste do Pará, tem sua
capacidade geradora instalada de 8.370 MW. É a maior usina hidroelétrica 100%
Brasileira em potência instalada. Seu vertedouro tem a capacidade de escoar
110.000 m³/s no período do inverno, sendo o segundo maior vertedouro do mundo.
A construção foi iniciada em 24 de novembro de 1974, e sua primeira fase
inaugurada em 22 de novembro de 1984 pelo presidente general João Batista
Figueiredo, há época com a capacidade de gerar 4000 MW, ampliada em meados de
2010 para a capacidade geradora de 8.370 MW, através de suas 25 turbinas em que
estão em pleno funcionamento.
Grandiosidade
A Usina
Hidrelétrica de Tucuruí teve os primeiros estudos de engenheiros brasileiros
para aproveitamento hidrelétrico do Rio Tocantins por volta do ano de 1957. O
projeto ganhou força na década de 60 como parte de políticas do Governo Federal
para o desenvolvimento e integração da Amazônia, e para atender a indústria de
alumínio gerada pelos jazigos de bauxita da região. Outro objetivo era
possibilitar a navegação naquele trecho do rio, originalmente cheio de
corredeiras.
O projeto civil foi feito pelo
Consórcio Projetista Engevix-Themag. A construção coube à Construtora Camargo
Corrêa, e quebrou todos os recordes mundiais de terraplenagem, exigindo
50.223.188 m³ de escavações, 41.600.000 m³ de aterro, e 6.000.000 m³ de
concreto.
As turbinas e suas instalações
foram projetadas na França pelo laboratório da Neyterc na cidade de Grenoble.
Seis turbinas foram construídas no Brasil e as outras seis na França.
A barragem de Tucuruí, de
terra, tem 11 km de comprimento e 78 m de altura. O desnível da água varia com
a estação entre 58 e 72 m. O reservatório tem 200 km de comprimento e 2.850 km²
de área quando cheio, ou seja, 0,341 km² por MW instalado. Contando com mais de
1.600 ilhas.
O reservatório tem volume
total de 45,5 km³ (para cota de 72 m) e volume útil de 32,0 km³. A usina está
ligada à rede nacional pela linha de transmissão entre Presidente Dutra
(Maranhão) e a Usina Hidrelétrica de Sobradinho, via Boa Esperança (Piauí).
A Usina Hidrelétrica de
Tucuruí - UHE Tucuruí é a principal usina integrante do Subsistema Norte do
Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo responsável pelo abastecimento de
grande parte das redes: da Celpa (no Pará), da Cemar (no Maranhão) e da Celtins
(no Tocantins).
Em períodos de cheia no Rio
Tocantins, a Usina de Tucuruí também complementa a demanda do restante do país
através do SIN.
Para abrigar os operários e
famílias foram criadas pela Eletronorte as vilas residenciais Permanente, Pioneira,
Temporária I e Temporária II.
As Vilas Temporárias I e II
eram construídas em madeira e incluíam, além das residências, um centro
comercial com um cinema, uma escola Infantil, um hospital e um clube social.
Construída anos mais tarde, em
alvenaria, a Vila Permanente dispunha também de um aeroporto, um porto fluvial
e um grande hospital para atendimento da população local, além dos funcionários
da construção. Hoje funciona o Hospital Regional de Tucuruí entregue ao Governo
do Pará. Essas vilas eram condomínios fechados no meio da selva amazônica, com
água e esgoto tratados, ruas pavimentadas, supermercados, e escolas desde
creche até o nível técnico.
A partir de 1984, finalizada a
primeira etapa da construção da hidrelétrica as vilas temporárias foram gradualmente
desativadas, e a residências da Vila Pioneira foram doadas aos moradores de
Tucuruí.
Custos
O custo da Fase I da
barragem foi US$ 7,5 bilhões (dólar de 1986), incluindo US$ 2 bilhões (23%) de
juros do financiamento. As linhas de transmissão e sub-estações custaram outros
US$ 1,3 bilhões. Os custos de manutenção e operação médios (1995 a 1998) foram
US$ 13,8 milhões por ano (em dólar de 1998). A produção entre 1995-99 foi em
média 22,4 TWh por ano, a um custo unitário médio entre US$ 34 e US$ 58 por MWh,
dependendo do modelo contábil usado. Em comparação, a tarifa média nacional
nesse período era US$ 70 por MWh.
Entretanto, os benefícios econômicos
regionais e nacionais esperados da usina nesse período foram perdidos por conta
de tarifas muito reduzidas (US$ 24/MWh em 1998) oferecidas às grandes
indústrias, especialmente de alumínio (japonesas, canadenses e
norte-americanas), por compromisso assumidos no início do projeto.
Outro
agravante foi a decisão do governo de usar cimento nacional a um preço elevado,
para beneficiar os produtores nacionais, em vez de importar cimento mais barato
da Colômbia.
Em 1998 a Fase 2 estava
prevista para custar US$ 1,35 bilhões e a finalização das eclusas US$ 340
milhões, e um custo de US$ 20/MWh.
Impactos
A inundação de
vários povoados pelo lago da hidrelétrica obrigou a Eletronorte a construir
dois povoados com infraestrutura urbana: Novo Repartimento na porção sudoeste e
Breu Branco a leste, emancipados posteriormente do Município de Tucuruí em 31
de dezembro de 1992. Deve-se ressaltar que diversas cidades e povoados
deslocados pela Eletrobras Eletronorte (Jacundá, Jatobal e outras) já eram
frequentemente inundados pelas enchentes sazonais do rio Tocantins, a qual
atingiu a vazão medida de 68.400 m3/s, considerada nos estudos de Hidrologia
como a vazão de período de retorno de 100 anos.
Impacto ambiental e social
Tucuruí foi construída entre 1974 e 1985, durante a ditadura militar, numa
época em que havia relativamente pouca preocupação com questões ambientais e
desprezo geral por direitos civis. O projeto inicial previa desmatamento da
região a ser alagada, mas no fim apenas 140 km² dos 2.850 km² foram limpos, com
perda de 2,5 milhões de m³ de madeira potencialmente comercializável.
Estima-se que houve alguma
perda de biodiversidade, especialmente de espécies de peixes adaptados às
corredeiras ou que migravam ao longo do rio. (Em Tucuruí não foi construída
nenhuma escada para peixes, precaução hoje considerada essencial para barragens
nesse ambiente.) A pesca a jusante diminui de 1000 para 500 toneladas por ano;
porem, na região do reservatório ela aumentou de 300 para mais de 3000
toneladas por ano, entre 1981 e 1998.
Enquanto boa parte da
população a montante, incluindo grandes proprietários do vale de Caraipé e as
tribos indígenas Parakanã, foi em parte indenizada e contemplada com
investimentos em infraestrutura, a tribo Gavião da Montanha e toda a população
a jusante, incluindo os índios Assurini, não recebeu indenização alguma.
No município de Tucuruí, 16,7%
das famílias não possuem energia, de acordo com dados do Censo 2010. Nas
cidades de Breu Branco e Novo Repartimento, que ficam na região da usina, 10%
da população está no escuro. Mesma porcentagem da média nacional. A situação de
Tucuruí não é tão ruim, mas ainda há famílias isoladas nas ilhas ao lado usina,
onde é muito difícil levar energia, vivendo a luz de lamparina.
Comemoração
Uma vasta
programação será realizada a partir desta segunda-feira (24), o Superintendente
da Usina Hidrelétrica de Tucuruí engenheiro Antônio Pardauil, recepcionará a diretora
da Eletrobras e Eletronorte, que realizarão visitas a Usina, em comemoração aos
30 anos da entrada em geração ocorrida no último dia 22 de novembro.
Na programação, serão
realizadas visitas de acompanhamento as atividades na Usina de Tucuruí e a
entrega das Premiações conquistadas pela Eletrobras Eletronorte pela Excelência
em Gestão, na Usina Hidrelétrica de Tucuruí, dentro da programação, será feita
uma ao monumento que está sendo construído em comemoração aos 30 anos da
entrada em funcionamento da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, na oportunidade,
será entregue a população da cidade de Tucuruí, o tradicional sistema de
iluminação Natalino, da Vila Permanente, uma decoração alusiva ao Natal, considerada
uma das mais belas da região.
O Diretor-Presidente Tito Cardoso de Oliveira Neto, destacou as
ações socioambientais realizadas pela empresa nas comunidades do entorno da
hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, como o Plano de Inserção Regional e
o Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE
Tucuruí. “Por meio desses programas, a Eletronorte está investindo, em 20 anos,
R$ 360 milhões em projetos de saúde pública, educação, meio ambiente,
desenvolvimento urbano e agricultura familiar”, esclareceu Araújo.
Acompanharam as comemorações
alusivas aos 30 anos da UHE Tucuruí, o Diretor
de Gestão Corporativa Ricardo Gonçalves Rios; Diretor de Operação Wady Charone
Junior e o Diretor de Planejamento e Engenharia Adhemar Palocci.
Tucuruí sedia a maior usina
hidroelétrica totalmente brasileira, com capacidade instalada de 8.370 MW, no
último dia 22 de novembro comemorou 30 anos de geração de pura energia,
garantindo desenvolvimento para os municípios do seu entorno e levando avanços para
o Pará e o Brasil.
O maior beneficiado nessa história toda chama-se SANCLER. Imagine quantos milhões foram desviados...
ResponderExcluirEu nao tenho orgulho nenhum por ter essa usina aino quintal da minha cidade pois pago uma das energia mais caras do Brasil
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