Ex-beatle seguiu roteiro
esperado de 2h40 e voltou a brincar em português.
Paul McCartney pode ser a
solução para a falta de chuva em São Paulo. Nas duas últimas visitas para tocar
na cidade, ele trouxe tempestade. Achamos que o governo de Tucuruí deve ter participado
do show para buscar solução também para o colapso administrativo que atravessa
a cidade de Tucuruí, com a suspensão da coleta de lixo e entulhos que inundam a
cidade.
Nesta terça-feira (25), de
novo debaixo d’água, seguiu o roteiro esperado da turnê “Out there”: 39 músicas
em 2h40, intercaladas com brincadeiras na língua local. Uma gracinha especial
aos paulistanos foi o “é nóis” antes de “Yesterday”. Já “I´ve just seen a face”
ganhou um “ô, meu”.
O show do ex-beatle foi à
estreia musical do Allianz Parque, novo estádio do Palmeiras, na Zona Oeste da
cidade.
A lotação foi esgotada, com 45
mil pessoas. E com ingressos que chegaram à cifra de R$ 5 mil. Ele faz nova
apresentação, para o mesmo número de fãs, nesta quarta-feira (26). Será a
última data da turnê mundial “Out there”, que começou e vai terminar no Brasil.
A estreia foi em maio de 2013,
em Belo Horizonte. A previsão é de “chuva a qualquer hora” para quarta em São
Paulo. Caso se confirme, é de se pensar em um projeto de trazê-lo mensalmente,
para encher reservas e estádios.
Paul não fez nada fora do
esperado. Na comparação com as outras paradas brasileiras de 2014, o repertório
foi idêntico ao do Rio, e teve só duas músicas diferentes de Brasília e uma de
Cariacica (ES). O que variou foi à abertura (“Magical mistery tour” em Brasília
e “Eight days a week”, nas outras) e uma faixa do bis (“Get back” em Brasília e
Cariacica e “Hi hi hi”, no Rio e SP).
Previsível não significa burocrático.
O gritão de adolescente, aos 72 anos, de “Nineteen hundred and eighty-five”,
deixa claro: Paul é intenso e não está no palco (só) de brincadeira.
Vendedor oferece capas de chuva
na fila para o show do Paul McCartney, na Zona Oeste de São Paulo.
A chuva caiu forte durante o
dia e início da noite e atrapalhou a chegada no estádio. O show começou com
atraso de 45 minutos, às 21h45. Nesse momento, nem chovia tanto. No meio da
apresentação, a chuva deu uma trégua, só para voltar mais intensa, até o último
bis.
Não que tenha atrapalhado a
festa. Deu até um drama a mais na sequência matadora de “Let it be”, “Live and
let die” e “Hey jude”. Outro ápice do show, este menos óbvio, é “Blackbird”, em
que ele cita a inspiração no movimento negro norte-americano, e “Here today”,
dedicada a John Lennon.
Do disco mais recente, o ótimo
“New”, ele toca quatro músicas. O veterano pinça as mais adequadas para estádio
(“Everybody out there” é a que mais funciona) e deixa de fora as mais
introspectivas, como “Early days”. É tudo certinho pensado para manter o
público entretido durante as quase três horas de show “bombando”, como ele
mesmo define em português em “I’ve just seen a face”.
Claro, há variações de
resposta quando vêm os hits óbvios dos Beatles (“Ob-la-di-ob-la-da”; “And I
love her”). Como se precisasse, Paul ainda recorre a clichês como o de “agora
só os homens/agora só as mulheres” no coro de “Hey jude”. Tudo bem. Com tanta
história nas costas e energia no presente, não faz mal um ou outro lugar-comum.
Então segura esse: Paul McCartney faz chover.
O gestor de Tucuruí
acompanhado de uma comitiva do 1º escalão fez a festa em “Sampa”, realizando um
sonho de adolescente de participar de um show ao vivo de Paul McCartney, os compromissos
nos dias 25 e 26, na festiva viagem, impediram sua participação na I Jornada Jurídica
realizada em Tucuruí, que ocorreu na sexta-feira (28), com a presença de
ilustres autoridades, destacando-se a presença do Desembargador da Justiça Federal
de Brasília Dr. Marcos Augusto.
Na oportunidade, alguns dos
seus auxiliares, que não foram na empreitada festiva a São Paulo, realizaram a entrega
de um documento de doação de uma área de terra a Justiça Federal.
Na contramão, a população de
quase 110 mil habitantes da pacata cidade da energia, Tucuruí, localizada no
sudeste do Pará, amargam há dias, convivendo com a sujeira nas ruas, e o
acumulo de lixo e entulhos, que já impossibilitam o trânsito de carros e
pedestres. E pelo que se observa ninguém está preocupado com o “Povo”, e sim
com o “Paul”.