Prédios dos alojamentos e área de lazer dos operários da UHE Belo Monte em Altamira-Pará
Centenas de indígenas queimaram depredaram na tarde
deste sábado (16), o escritório central do Consórcio Construtor de Belo Monte
em Altamira no estado do Pará, desde a manhã de sexta-feira (15), os indígenas
estavam realizando diversas manifestações pacificas na área contra a construção
da usina hidrelétrica de Belo Monte, com isso, tentando ter uma atenção dos administradores
da obra e também sensibilizar os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20 pelos
diversos impactos ambientais que estão ocorrendo com o fechamento do Rio Xingu
e a retirada dos ribeirinhos e indígenas dos seus locais de origem.
Em represália a falta de atenção do
Consórcio Construtor e do Governo Federal, os índios radicalizaram a
manifestação, e na tarde deste sábado (16), atearam fogo realizaram um quebra-quebra no prédio central onde
funcionava o escritório da administração da obra de Belo Monte. Até o
fechamento desta edição não tivemos informações de pessoas vitimadas pelo incêndio incidente,
mas a gerência da obra preventivamente resolveu suspender os trabalhos e dispensar
todos os funcionários que estavam de serviço nos canteiros de obras.
O escritório do Consórcio Construtor de
Belo Monte fica a cerca de 50 quilômetros da sede do município, na área
conhecida como ensecadeira, uma espécie de barragem de terra erguida no rio
Xingu pelo Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM).
Os ânimos continuam acirrados no local, e
até o momento nenhuma solução foi tomada para a negociação com os indígenas que
se encontram no canteiro de obra, e que ameaçam radicalizar ainda mais e atear
fogo depredarem outros prédios, como alojamentos e refeitórios, se não forem atendidos
com a suspensão imediata das obras de construção de Belo Monte, que segundo os
manifestantes vem causando impactos irreversíveis para o meio ambiente e para
as comunidades tradicionais da região, como indígenas e os ribeirinhos.
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está
sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo
previsto de R$ 19 bilhões. A obra também enfrenta críticas do Ministério
Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os
afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, por estes motivos,
já estão ocorrendo estes problemas sócias na região do Xingu. (Wellington Hugles)
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