WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Divulgação
Os últimos dias foram de
grande constrangimento e revolta para a população do sudeste do estado
paraense, em função ao município de Tucuruí que poderia se tornar um polo de
formação acadêmica no sudeste do Pará, ter virado noticiário nacional no Jornal
Folha de São Paulo, no último dia 10, por não ter logrado êxito no seu credenciado
junto ao MEC, não atendendo aos requisitos primordiais com base em critérios
como: estrutura de serviços de saúde e carência de médicos para receber a
Faculdade de Medicina.
A instalação dos cursos de
medicina no Brasil está dentro do Programa Mais Médicos do governo federal, que
está disponibilizando um total de 2.290 vagas, em 36 municípios sendo que
Tucuruí será contemplada com 50 vagas.
Em função a uma grande
movimentação popular, os representantes da população ouviram o clamor popular
dos moradores do sudeste do Pará, e através da bancada federal em Brasília,
interviram junto ao governo federal, culminando com uma reunião com o
vice-presidente da república Michel Temer (PMDB), que solidarizou-se com os
paraenses e determinou que os Ministérios da Educação e da Saúde revissem a
situação da cidade de Tucuruí, e autorizasse dentro dos critérios necessários a
instalação do Curso de Medicina, beneficiando 50 novos acadêmicos, e garantindo
mais investimentos na região, principalmente na cidade de Tucuruí, que nos
últimos 6 anos atravessa um retrocesso total, com o desaquecimento da sua economia
e a falta de geração de renda e empregos.
O anúncio do reenquadramento do
município de Tucuruí na garantia da instalação do Curso de Medicina, foi feito
pelo Ministro Eliseu Padilha, coordenador de Articulação Política do Governo
Federal, na tarde desta quinta-feira (16), em Brasília, após determinação do vice-presidente
da república Michel Temer (PMDB).
Segundo o Ministério da
Educação, as instituições que devem receber os cursos foram selecionadas após
análise de critérios como: experiência, comprovação de capacidade
econômico-financeira e proposta pedagógica.
Outros requisitos avaliados
seria a oferta de bolsas para alunos de baixa renda em até 10% das vagas, além
de uma quantidade mínima de leitos.
Mas infelizmente a cidade de
Tucuruí está na contra mão do desenvolvimento, desde o ano de 2010, o único
hospital municipal. Localizado no prédio do antigo Sesp, foi fechado para obras,
e até os dias atuais não saiu da maquete, sendo transferida a maternidade municipal
para dentro do Hospital Regional de Média e Alta Complexidade do Governo do Estado,
ocupando uma importante ala hospitalar, que seria destinada para a instalação
de leitos que serviria de retaguarda para os pacientes em tratamento oncológico.
É fato, que o município de Tucuruí possui desde 2012 uma Unidade de Oncologia totalmente
construída e equipada, mas não entrou em funcionamento até hoje, em função, a não
está assegurada a retaguarda com leitos para a internação dos pacientes em tratamento
cancerígeno.
Tudo em função ao desgoverno e
o retrocesso imposto pela gestão atual, na saúde municipal de Tucuruí.
Antes, a abertura de novas
vagas ocorria por iniciativa das instituições de ensino. Agora, é o governo
quem indica as cidades que podem receber a graduação, com base em critérios
como estrutura de serviços de saúde e carência de médicos. Após esta etapa, as
instituições decidem se querem participar do edital.
Segundo informações obtidas no
site do MEC, a única faculdade que se credenciou foi a Faculdade Integrada
Carajás - FIC, que realizou recentemente o Concurso Público nas cidades de
Salinópolis e Tucuruí, no Pará, estando envolvida em denúncias junto ao
Ministério Público Estadual, por irregularidades na realização do certame.
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