WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Os servidores públicos
municipais de Tucuruí, através de sua entidade de classe o Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais de Tucuruí (Sinsmut), decidiram em função da
proposta graciosa da gestão municipal de Tucuruí, deflagrarem paralisação geral
a partir desta segunda-feira (4), em função as inúmeras tentativas de
negociação junto à administração municipal, inclusive, intermediada pelo
Ministério Público do Estado (MPE), não terem surtido efeitos, dentro da
proposta do Sinsmut, não sendo aceita pelo prefeito Sancler Ferreira (PPS), que
insiste em fazer o reajuste dentro de suas modalidades, apenas garantindo o
aumento abaixo da inflação, o que legalmente e irregular e inaceitável, haja
vista, o reajuste ser abaixo do instituído pela lei, sendo uma ação
inconstitucional.
A proposta do prefeito Sancler
Ferreira é dar um reajuste de apenas 6.23%, enquanto a inflação observada nos
últimos 12 meses, observando o mês da data-base dos servidores da prefeitura de
Tucuruí, neste mês de maio, foi de 8,42%, registrado pelo INPC.
Os dirigentes do Sinsmut
convocaram uma Assembleia Geral dos associados, para homologar a greve geral, e
fazer o comunicado à Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Ministério Público
Estadual e Federal.
Na contramão, o prefeito
Sancler Ferreira, conseguiu no “apagar das luzes” desta quinta-feira (30),
véspera do feriado do Dia do Trabalhador (1), uma liminar de interdição do
prédio da Sede Administrativa da Prefeitura de Tucuruí, onde a justiça
determinou a proibição e/ou manifestação de sindicalistas ou servidores, que
venha a invasão da sede da prefeitura, para evitar que sejam prejudicados os
trabalhos da municipalidade.
A greve geral que será
iniciada nesta segunda-feira (4), será por tempo indeterminado, o Sinsmut conta
com o respaldo dos servidores municipais e dos movimentos sociais de Tucuruí,
que estão cansados com os desmando e as enrolações do executivo municipal.
É claro, que os escândalos de
malversação dos recursos públicos através das decisões liminares, tanto da
Justiça Federal, como Estadual, além da manutenção pela Prefeitura de Tucuruí
da contratação ilegal de mais de 2 mil funcionários municipais temporários,
inchando a folha de pagamento da PMT, com isso, inviabilizando os reajustes
legais dos salários dos funcionários efetivos da prefeitura.
Segundo os dirigentes do
Sinsmut, “os funcionários efetivos da Prefeitura de Tucuruí, não podem, e não
vão pagar pela situação de desgoverno, e pela incompetência da administração
municipal”.
A greve é o último recurso,
mas acreditam que não haja alternativa. “É inaceitável que os “apadrinhados”
lotados na autarquia, Instituto de Previdência dos Servidores do Município de
Tucuruí (Ipaset), tenham um aumento de 80% e o "restante" dos
funcionários da municipalidade, tenha um reajuste de apenas 6,23% com uma
inflação avaliada pelo INPC de 8,42%”.
A equipe de reportagem foi até
a sede da Prefeitura de Tucuruí, mas infelizmente foi informada que apenas o
gestor Sancler Ferreira poderia se pronunciar sobre o assunto e que estaria
cumprindo agenda em viagem para Belém e Brasília.
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