A vítima Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol
Wellington Hugles
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
O ex-vereador de Novo
Repartimento, Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol, foi morto a
tiros, na tarde desta terça-feira (28). O crime aconteceu próximo à casa da
vítima, localizada na Vila do Tuerê no município de Novo Repartimento, sudeste
paraense.
Rayol foi vereador por dois
mandatos no município, e havia saído recentemente da prisão. Ele foi acusado de
ser o mandante do assassinato de Antônio Martins dos Santos, coordenador de
campanha do então prefeito Bersajones Moura, seu julgamento foi realizado em
setembro de 2014. Além de homicídio, Rayol também respondeu por tentativa de
homicídio praticado contra o filho do ex-prefeito.
Recentemente foi beneficiado
com sua liberdade provisória, sendo assassinado a tiros na tarde desta
terça-feira, segundo informações prestadas pela Polícia Civil, tudo leva a crer
que o crime foi cometido por pistoleiros, em acerto de contas de rixas do
passado.
O corpo do ex-vereador foi
removido pelo IML de Tucuruí, onde passou por necropsia, sendo liberado aos
familiares para os funerais, o sepultamento do féretro deverá ocorrer na tarde
desta quarta-feira (30) em Novo Repartimento.
Relembre o caso:
Presos mandantes e executores
de crime em Novo Repartimento
A Polícia Civil prendeu os
mandantes e os executores da morte de Antônio Martins dos Santos, coordenador
de campanha do prefeito reeleito de Novo Repartimento, sudeste paraense,
Bersajones Moura (PSB), assassinato ocorrido no ano de 2009.
A Polícia Civil prendeu os
mandantes e os executores da morte de Antônio Martins dos Santos, coordenador
de campanha do prefeito reeleito de Novo Repartimento, sudeste paraense,
Bersajones Moura (PSB).
As prisões foram realizadas em
Novo Repartimento e em Manaus, no Amazonas. Os presos acusados de mandantes do
crime são o vereador Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol, e o irmão
dele Adonias Nunes Gomes, presos por volta de 6h, em suas casas, em Novo
Repartimento. Outros dois presos, apontados como os pistoleiros contratados
para cometer o crime, são Fabio da Costa Ferreira, conhecido como Fagner, e
Cleiton Lima, de apelido Gaguinho.
Fabio e Cleiton foram presos,
na capital amazonense, pelas equipes policiais compostas pelo delegado Eduardo
Rollo, diretor da Divisão Investigações e Operações Especiais (DIOE), e
Danielle Bentes, de Novo Repartimento, investigadores do Núcleo de Inteligência
Policial do Pará, além de policiais da Divisão de Repressão ao Crime Organizado
(DRCO) e do Grupo Fera, da Polícia Civil Amazonense. Em Novo Repartimento, as
prisões foram efetuadas pelos delegados Rogério Moraes e Maria Raimunda
Tavares. Os dois pistoleiros estavam escondidos em uma casa, situada no bairro
Cidade Nova, na localidade de Fazendinha, área urbana de Manaus.
Em Novo Repartimento, os
policiais civis da DIOE apreenderam na casa do vereador Gilberto Rayol a
quantia de R$ 7 mil em dinheiro. Natural de Barras (PI), o vereador e o irmão
estão sendo transferidos pelos policiais civis para a sede da Divisão na
capital paraense, onde ficarão presos à disposição da Justiça.
As prisões foram efetuadas em
decorrência do cumprimento de mandados de prisão preventiva expedidos pela
juíza Helena de Oliveira Manfroi, de Novo Repartimento, por solicitação da
delegada Danielle Bentes, presidente do inquérito policial tombado em 2009.
A promotora de Justiça, Grace
Kanemitsu Parente, do Ministério Público do município, também teve importante
atuação nas investigações. A delegada Danielle explica que o motivo provável do
crime foi a impugnação da candidatura para reeleição do vereador Gilberto
Rayol. Ele teve a candidatura impugnada pela Justiça em função de uma ação
judicial impetrada por Antônio Martins dos Santos, que era diretor do
Departamento de Tributos da Prefeitura de Novo Repartimento. Rayol teve
reprovadas as contas prestadas de sua gestão como presidente da Câmara.
Pistoleiro confessa o crime -
Um dos pistoleiros preso em Manaus (Cleiton) confessou em depoimento ao
delegado Eduardo Rollo ter sido contratado para executar Antonio Martins. Ele
disse que apenas conduziu a moto usada na fuga e que foi seu comparsa (Fabio)
que efetuou os disparos na vítima. Para realizar o crime, ele disse ter
recebido apenas R$ 500. Fabio, o outro preso, nega participação no assassinato.
Os dois presos devem ser transferidos, em vôo comercial, para a capital
paraense. Segundo a delegada Danielle, as investigações para apurar o envolvimento
de outras pessoas no crime continuam. Em Manaus, os presos ficarão recolhidos
do prédio da Polinter (Delegacia Interestadual).
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