terça-feira, 28 de abril de 2015

Ex-vereador Gilberto Raiol de Novo Repartimento é assassinado


A vítima Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol




Wellington Hugles
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles


O ex-vereador de Novo Repartimento, Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol, foi morto a tiros, na tarde desta terça-feira (28). O crime aconteceu próximo à casa da vítima, localizada na Vila do Tuerê no município de Novo Repartimento, sudeste paraense.

Rayol foi vereador por dois mandatos no município, e havia saído recentemente da prisão. Ele foi acusado de ser o mandante do assassinato de Antônio Martins dos Santos, coordenador de campanha do então prefeito Bersajones Moura, seu julgamento foi realizado em setembro de 2014. Além de homicídio, Rayol também respondeu por tentativa de homicídio praticado contra o filho do ex-prefeito.

Recentemente foi beneficiado com sua liberdade provisória, sendo assassinado a tiros na tarde desta terça-feira, segundo informações prestadas pela Polícia Civil, tudo leva a crer que o crime foi cometido por pistoleiros, em acerto de contas de rixas do passado.

O corpo do ex-vereador foi removido pelo IML de Tucuruí, onde passou por necropsia, sendo liberado aos familiares para os funerais, o sepultamento do féretro deverá ocorrer na tarde desta quarta-feira (30) em Novo Repartimento.

Relembre o caso:

Presos mandantes e executores de crime em Novo Repartimento

A Polícia Civil prendeu os mandantes e os executores da morte de Antônio Martins dos Santos, coordenador de campanha do prefeito reeleito de Novo Repartimento, sudeste paraense, Bersajones Moura (PSB), assassinato ocorrido no ano de 2009.

A Polícia Civil prendeu os mandantes e os executores da morte de Antônio Martins dos Santos, coordenador de campanha do prefeito reeleito de Novo Repartimento, sudeste paraense, Bersajones Moura (PSB).

As prisões foram realizadas em Novo Repartimento e em Manaus, no Amazonas. Os presos acusados de mandantes do crime são o vereador Luís Nunes Gomes, conhecido como Gilberto Rayol, e o irmão dele Adonias Nunes Gomes, presos por volta de 6h, em suas casas, em Novo Repartimento. Outros dois presos, apontados como os pistoleiros contratados para cometer o crime, são Fabio da Costa Ferreira, conhecido como Fagner, e Cleiton Lima, de apelido Gaguinho.

Fabio e Cleiton foram presos, na capital amazonense, pelas equipes policiais compostas pelo delegado Eduardo Rollo, diretor da Divisão Investigações e Operações Especiais (DIOE), e Danielle Bentes, de Novo Repartimento, investigadores do Núcleo de Inteligência Policial do Pará, além de policiais da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e do Grupo Fera, da Polícia Civil Amazonense. Em Novo Repartimento, as prisões foram efetuadas pelos delegados Rogério Moraes e Maria Raimunda Tavares. Os dois pistoleiros estavam escondidos em uma casa, situada no bairro Cidade Nova, na localidade de Fazendinha, área urbana de Manaus.

Em Novo Repartimento, os policiais civis da DIOE apreenderam na casa do vereador Gilberto Rayol a quantia de R$ 7 mil em dinheiro. Natural de Barras (PI), o vereador e o irmão estão sendo transferidos pelos policiais civis para a sede da Divisão na capital paraense, onde ficarão presos à disposição da Justiça.

As prisões foram efetuadas em decorrência do cumprimento de mandados de prisão preventiva expedidos pela juíza Helena de Oliveira Manfroi, de Novo Repartimento, por solicitação da delegada Danielle Bentes, presidente do inquérito policial tombado em 2009.

A promotora de Justiça, Grace Kanemitsu Parente, do Ministério Público do município, também teve importante atuação nas investigações. A delegada Danielle explica que o motivo provável do crime foi a impugnação da candidatura para reeleição do vereador Gilberto Rayol. Ele teve a candidatura impugnada pela Justiça em função de uma ação judicial impetrada por Antônio Martins dos Santos, que era diretor do Departamento de Tributos da Prefeitura de Novo Repartimento. Rayol teve reprovadas as contas prestadas de sua gestão como presidente da Câmara.


Pistoleiro confessa o crime - Um dos pistoleiros preso em Manaus (Cleiton) confessou em depoimento ao delegado Eduardo Rollo ter sido contratado para executar Antonio Martins. Ele disse que apenas conduziu a moto usada na fuga e que foi seu comparsa (Fabio) que efetuou os disparos na vítima. Para realizar o crime, ele disse ter recebido apenas R$ 500. Fabio, o outro preso, nega participação no assassinato. Os dois presos devem ser transferidos, em vôo comercial, para a capital paraense. Segundo a delegada Danielle, as investigações para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime continuam. Em Manaus, os presos ficarão recolhidos do prédio da Polinter (Delegacia Interestadual). 

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