Assinatura da ordem de serviço para
recuperação da PA-150
Foto: Divulgação
Helder Barbalho enfatizou a importância da
rodovia para a economia do centro-sul do
Pavimento e sinalização
O projeto de reconstrução vai da
pavimentação à sinalização da rodovia
O compromisso do Governo do Pará com a
recuperação da malha viária do Estado, fundamental para o desenvolvimento
econômico e a acessibilidade da população, foi fortalecido pelo governador
Helder Barbalho nesta segunda-feira (21), no distrito de Morada Nova, em
Marabá, sudeste paraense, ao assinar o repasse de R$ 75.356.556,77 para a
reconstrução da Rodovia PA-150.
A assinatura da Ordem de Serviço ocorreu
às margens da rodovia, na presença de várias autoridades, como o
vice-governador Lúcio Vale, e lideranças locais. O governador aproveitou a
solenidade para ressaltar a importância estratégica da PA-150 para todo o
Estado, como via que interliga a Região Metropolitana de Belém a outras
regiões, e ainda como corredor de escoamento da produção e riqueza econômica.
Ele também citou o alto custo para manter a estrada em boas condições (se
referindo ao intenso fluxo de veículos pesados) e as ações prioritárias que o
governo vem fazendo para melhorar a malha viária.
"Eu me orgulho porque esse
investimento, aqui na PA-150, é totalmente com recursos próprios do Estado. Mas
também esclareço que iremos fazer muito mais. O governo fez um empréstimo junto
à Assembleia Legislativa, e parte desse recurso será para as estradas. Nós
também já autorizamos mais de R$ 40 milhões para a Transcarajás, que deve
interligar Parauapebas, Canaã (dos Carajás), Curionópolis e Xinguara, chegando
à BR-155, e de lá até o pontão do Araguaia", informou o governador.
Tucuruí – Na oportunidade o governador
Helder Barbalho assinou convênio com o prefeito de Tucuruí Artur Brito,
possibilitando os serviços de manutenção e recuperação de mais de 200 km de
vicinais na zona rural da cidade. “Através da parceria do governador Helder, já
estamos concluído os serviços de drenagem, meio fio e asfaltamento no bairro Serra
Azul totalizando 6 km, agora estamos assinando este convênio para recebermos 70
mil litros de combustível, garantindo que as máquinas da prefeitura possam realizar
a manutenção e recuperação das nossas estradas vicinais, possibilitando
prepará-las para ficarem trafegáveis durante o inverno, que em nossa região e
muito rigoroso, e assim dando condições do trafegabilidade dos nossos irmãos da
zona rural, além do escoamento de suas produções agrícolas”, comemorou Artur
Brito.
O projeto da PA-150 inclui serviços de
limpeza das pistas e acostamentos, reconstrução da pavimentação e tratamento do
sistema de drenagem. A rodovia receberá, ainda, nova sinalização com aplicação
de tachas refletivas.
Segundo dados da Secretaria de Estado de
Transportes (Setran), quase metade de toda a PA-150 será recuperada e conservada.
A obra abrange um subtrecho crítico, que vai de Goianésia do Pará
(entroncamento da PA-263) até Morada Nova (entroncamento da BR-222),
atravessando ainda os municípios de Jacundá e Nova Ipixuna.
Beneficiando pelo menos quatro municípios
que ficam ao longo da PA-150, a reconstrução de um importante trecho da rodovia
terá impactos positivos na rotina de 389.116 habitantes da região, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Papel estratégico - Além de interligar
vários municípios, a rodovia assume um papel estratégico para o crescimento do
agronegócio no Estado. A PA-150 foi construída há mais de 25 anos, no Governo
Jader Barbalho, com o propósito de viabilizar o escoamento de produtos entre as
regiões sul, sudeste e nordeste paraense.
A rodovia é um dos principais corredores
de escoamento da produção mineral e agropastoril. É por ela que a soja e a
produção pecuária são levadas para o porto de Vila do Conde, em Barcarena, de
onde seguem para o mercado internacional.
Quem trafega com frequência pela rodovia
conhece bem o histórico de desgaste. O caminhoneiro Francisco Vieira, 40 anos
de profissão, passou quase metade dessa trajetória profissional percorrendo a
PA-150, entre Marabá e Barcarena. Recentemente, seu caminhão tombou no trecho
por causa dos buracos, e ele perdeu a carga de minério que transportava.
"Esse é o trecho mais ruim. Por conta de acidentes, a gente fica meses
parado, e é um prejuízo. Tudo o que vem de benfeitoria do governo pra nós é
importante. Bom demais que isso esteja acontecendo", afirmou Francisco
Vieira.
Iniciativa privada - A manutenção da
rodovia tem consumido muito recurso público. Em cada quilômetro de recomposição
do asfalto são gastos cerca de R$ 1,2 milhão. A Setran está analisando
documentos, relatórios, fazendo um estudo de viabilidade técnica para buscar a
parceria da iniciativa privada para administrar a rodovia.
Segundo o secretário de Estado de
Transportes, Pádua Andrade, já foi contratada uma empresa especializada em
concessões de estradas. "O processo é demorado até chegar à licitação. Mas
vamos escolher a modalidade mais viável, e a ideia é cobrar pedágio e dar um
conforto melhor para quem trafega por aqui", informou o secretário.
Sobre uma futura parceria público-privada
(PPP), Helder Barbalho disse que é preciso um esforço conjunto de diversas
ações do Estado para manter a PA-150 sempre em boas condições de
trafegabilidade. "Não dá pra investir R$ 75 milhões em reconstrução da pista
e, no ano seguinte, tudo ser destruído pelo trânsito de veículos pesados com
toneladas de minério. Nós entendemos que esse traslado faz parte da vocação
produtiva do Estado. Mas não é mais possível continuar da maneira que está. Nós
já colocamos a primeira balança na altura de Tailândia. Vamos colocar aqui em
Morada Nova também, e ainda estamos estudando a viabilidade de colocar outra,
para evitar que o volume de carga ultrapasse a capacidade ideal", reiterou
o governador.
O Pará tem 130 rodovias estaduais,
totalizando 7.500 quilômetros de estradas. A Setran atua hoje com quase 90
frentes de trabalho nas rodovias e pontes, com três principais serviços:
construção, reconstrução e conservação das vias. O Pará tem 711 pontes, das
quais 130 estão passando por algum tipo de manutenção.
Estrada do Rio Preto - Atendendo a um
anseio de várias comunidades da zona rural de Marabá, Helder Barbalho assinou
um contrato de projeto para melhoria da estrada do Rio Preto, uma vicinal
importante para a população local.
Como a estrada é responsabilidade do
município, o Estado não pode executar obras na vicinal sem a parceria da
Prefeitura. Por isso, após a conclusão do projeto, o governo pretende dialogar
com a gestão municipal para viabilizar os serviços de recuperação da via.
Enquanto isso, um projeto tramita na
Câmara Federal, em Brasília (DF), para que a estrada do Rio Preto seja
federalizada e passe a integrar a Rodovia BR-222.
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