Guido Schäffer nasceu em 22 de maio de 1974, em Volta Redonda, Rio de Janeiro
Seminarista Guido Schaffer
faleceu em 2009 enquanto surfava
Processo recebeu 'nada consta'
da Santa Sé, solicitado em maio
Jovem médico que recebeu o
chamado para o sacerdócio ao se deparar com o olhar do Beato João Paulo II
durante sua visita apostólica ao Rio de Janeiro em 1991, Guido Schäffer viveu a
fé cristã com a alegria da juventude. Ele foi seminarista e, nas horas de
lazer, gostava de “pegar umas ondas”.
Guido Schäffer nasceu em 22 de
maio de 1974, em Volta Redonda, Rio de Janeiro. Em 1998, formou-se em Medicina
e, um ano depois, iniciou sua residência médica na Santa Casa de Misericórdia e
o atendimento médico à população de rua com as Missionárias da Caridade. Em
2001, passou a integrar o corpo clínico da Santa Casa e a atuar na Pastoral da
Saúde.
Inclinado ao sacerdócio,
iniciou os estudos preparatórios no Mosteiro de São Bento em 2002 e ingressou
no Seminário São José em 2008. O seu amor à Eucaristia, a sua vida de profunda
oração, a sua entrega abnegada aos pobre e doentes, a sua dedicação missionária
e a sua humildade em esperar o momento de receber o Sacramento da Ordem, que
fortemente desejava, são traços que compõe o retrato de sua alma.
Em 1º de maio de 2009, ele faleceu,
vítima de afogamento, enquanto surfava, na Praia do Recreio dos Bandeirantes,
no Rio de Janeiro.
Guido tinha como grande amigo
o padre Jorge Luiz Neves, mais conhecido como padre Jorjão, que o acolheu com
muito carinho no EJC-Paz, o grupo de jovens da paróquia Nossa Senhora da Paz.
No grupo, Guido sentiu o chamado para ser padre e entrou para o Seminário.
Hoje, padre Jorjão faz parte do grupo que busca a beatificação do jovem
surfista. Para o sacerdote, o exemplo de vida de Guido desmente o discurso dos
meios de comunicação de que a Igreja "é coisa de gente chata, triste e de
idoso".
"Era um jovem normal,
surfista carioca da Zona Sul, que ‘pegava onda’, falava gíria e tinha um ideal
na vida. Ele namorou, ficou noivo, estudou, se formou e foi um grande médico,
elogiado pelos professores de Medicina e pelos pacientes. Tinha carinho pelos
simples e pobres e trabalhava com os moradores de rua. Quis ser padre, foi para
o Seminário e não perdeu a alegria e a juventude e o modo de ser carioca. Ele
contagiava os surfistas na praia, falava de Deus e transformava a vida de
pessoas que bebiam, e deixavam de beber, e de drogados, que abandonavam as
drogas. Um jovem que tocava idosos, jovens e crianças, pessoas de todas as
classes. Isso fala mais que mil palavras. A Palavra de Deus não fez dele um
homem careta e chato, mas um jovem de fé, alegre e de bem com a vida, que fazia
feliz outras pessoas", contou.
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