Creche do bairro Bela Vista entrará em funcionamento só em 2013

A Creche Municipal "Menino Deus" um grande “elefante branco” no bairro Bela Vista em Tucuruí a mais de 100 dias inaugurada e nunca entrou em funcionamento

A Creche Municipal "Menino Deus" no bairro Bela Vista em Tucuruí, inaugurada no último dia 23 de abril pela prefeitura, para atender 240 crianças na faixa etária de 6 meses a 3 anos, passado mais de 100 dias e com o início do segundo semestre do ano letivo, a creche esta longe de entrar em funcionamento, em face, da falta de equipamentos nas salas de aula e as devidas liberações pelos órgãos de fiscalização como por exemplo o Corpo de Bombeiros Militar.

Pela segunda vez, os moradores do bairro Bela Vista e localidades adjacentes, procuram nossa equipe de reportagem para denunciam à falta de atenção pela gestão municipal, no sentido de colocar em funcionamento a Creche “Menino Deus“, que beneficiaria centenas de famílias com o atendimento de suas crianças menores.

O Ministério da Educação (MEC) com recursos do programa federal ProInfância liberou a Prefeitura de Tucuruí recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a construção da Creche “Menino Deus”, com 8 salas de aulas, cozinha, área de lazer e sala de informática.

Mesmo inaugurada em abril, até o momento não entrou em funcionamento em virtude de não esta totalmente finalizada em sua parte estrutural e não estar equipada seguindo as diretrizes do programa Proinfância do Ministério da Educação.

Segundo a moradora Cristiane de Almeida Lopes, 48 anos, mãe de três crianças sendo uma de 11 meses, uma de 2 anos e outra de 3 anos, onde seria beneficiada diretamente, mas após receber a notícia que a creche não entrará em atividade este ano. “Ficou revoltada em virtude de termos participados de reuniões, levamos todos os documentos das crianças para a matrícula, conhecemos até as professoras e instrutoras, e agora não vai funcionar”. Inclusive segundo Cristiane os funcionários foram todos remanejados para outros setores da secretaria de Educação, em função da não entrada em funcionamento da creche neste segundo semestre de 2012, conforme anunciado pelo prefeito.

Silvio Alencar, 61 anos, destes 35 anos morador de Tucuruí, “não consigo entender o porquê que o governo federal passou o dinheiro para Tucuruí, a prefeitura construiu e agora num consegue terminar e nem equipar, quem perde com isso é nossos filhos e netos, minha filha tinha até arrumado uma lavagem de roupa, para ganhar uma renda, pensando que seu bebê de dez meses ficaria a partir de agosto na creche, e agora vem esta notícia que a creche “e só para servir de enfeite em nosso bairro e para a propaganda eleitoral do prefeito que disputa a reeleição”.

Desde o mês de maio a secretaria de Educação de Tucuruí, já tinha realizado a lotação funcional da creche com a contratação de diversos profissionais, contando com seis professores, seis monitores e quatorze cuidadores, além dos funcionários da secretaria, copeiras, merendeiras e vigilantes, que passaram pelos devidos treinamentos, para atender os 240 alunos que já estavam matriculados em 4 turmas para o berçário que atenderia a faixa etária de 6 meses a 1 ano e 4 turmas de maternal 1 e 2, que atenderia a faixa etária de 2 a 3 anos. Durante estes três meses os funcionários contratados receberam seus salários religiosamente e não atuou em função da creche nunca ter entrado em funcionamento.

Ao procurarmos a coordenação da Creche “Menino Deus”, recebemos as informações que até o momento não existe nenhuma orientação da Secretaria de Educação com referência a previsão da entrada em funcionamento da creche.

A população em uma só voz aguarda uma posição imediata da secretária de Educação e do prefeito de Tucuruí, para tomar todas as medidas para que coloque em caráter de urgência em funcionamento a creche do bairro, haja vista, que desde abril esta sendo divulgado em rádio e televisão que a população recebeu este beneficio, mas, que não passa de um grande engodo, e, que se nada for feito pelo município, os moradores ameaçam radicalizar com a ocupação do prédio. (Wellington Hugles)