"Playboy": Líder de quadrilha
de assaltantes de bancos
A Divisão de Repressão ao Crime Organizado
(DRCO), da Polícia Civil do Pará, apresentou na noite da sexta-feira, 29 de
junho, em Belém, o preso Alan de Oliveira da Silva, 27 anos, de apelido
“Playboy”, apontado como o líder da quadrilha de assaltantes de banco,
modalidade “vapor”, responsável pelo roubo ao Banco do Brasil, em Novo
Repartimento, sudeste do Pará, em 4 de maio deste ano. O criminoso, que usa o
nome falso de Márcio Gleick Silva de Oliveira, está com dois mandados de prisão
decretados pelas Justiças do Pará, Tocantins e Goiás. Ele foi preso no dia 27,
em Araguaína, no Tocantins, por policiais civis desse estado, por solicitação
da equipe da DRCO, que estava em buscas ao criminoso em Goiás.
Na ocasião, foram apresentadas fotos em
que Alan aparece em farras regadas a whisky e em viagens a cidades brasileiras,
ao lado de mulheres, tudo pago com dinheiro roubado. Também foram mostradas
fotos de reprodução das imagens do circuito de segurança do banco em que o
criminoso é visto coordenando à ação do bando dentro da instituição bancária em
Novo Repartimento.
Coordenadas pelos delegados Ivanildo
Santos, diretor da DRCO, e André Costa, da Delegacia de Repressão a Roubos a
Bancos (DRRB), da DRCO, as buscas foram realizadas em Anápolis, Inhumas e
Goiânia, em Goiás, cidades em que estaria o bandido. “Seguimos ele desde
Goiânia, onde tivemos a informação de que ele estava hospedado em um hotel, em
Araguaína, e assim comunicamos a Polícia local, enviando o mandado de prisão
preventiva dele”, explicou o delegado Ivanildo. Em seguida, a equipe da DRCO
seguiu para a cidade tocantinense, para fazer o recambiamento do preso ao Pará.
Conforme o delegado André Costa, outros
sete envolvidos no assalto ao banco já foram presos. Alan da Silva tem
participação comprovada em dois assaltos, o de Novo Repartimento, e em outro
roubo a banco, em Arapoema, no Tocantins, cujos crimes há mandados de prisão
judiciais decretados contra o preso. As investigações para apurar o
envolvimento dele em outros assaltos continuam, pois ele é suspeito de ter
participação em outros sete roubos a bancos. “Com a prisão dele, podem aparecer
outros integrantes do bando”, detalha Costa. Segundo o delegado, em Novo
Repartimento, oito bandidos atuaram diretamente no assalto, mas há outras
pessoas que agiram no grupo de apoio. As investigações fazem parte da Operação
denominada “Express Repartimento”, da DRRB.
Em Tocantins, foi apreendida uma
caminhonete de propriedade de Alan da Silva, que tinha, em sua carroceria, um
equipamento de som avaliado em R$ 60 mil. Aos delegados, o preso revelou uma
vida de ostentação de luxo e de farras. Após participar de assaltos, Alan fugia
para outros estados, onde se hospedava em hotéis caros. Apenas em uma festa,
ele chegou a gastar R$ 5 mil. “Ele só ficava em hotel com diária de, no mínimo,
R$ 900”, conta o delegado André, ao citar uma série de hotéis em que o
assaltante se hospedou no Pará e em outros estados. Pai de dois filhos, Alan
sustentava a esposa, que mora em Altamira, no Pará, enviando dinheiro via
depósito bancário.
Bandos Desarticulados - Conforme o
delegado Ivanildo, a quadrilha comandada por Alan, tem ligações com o bando de
assaltantes comandado pelo bandido Antônio José da Silva, 39 anos, de apelido
“Paulo Cicatriz”, preso em março deste ano, em Marabá, onde é condenado a nove
anos de prisão por roubos a banco e era procurado em vários estados
brasileiros. As duas quadrilhas já estão presas. Assim, a Polícia Civil
conseguiu desarticular, com a prisão de Alan da Silva e a de “Paulo Cicatriz”,
as duas principais quadrilhas de assaltantes de banco responsáveis por roubos,
na modalidade de “estouro” de caixa eletrônico, com uso de explosivos, que
agiam no sudeste do Pará. (Foto: Joel Lobato, com informações da Assessoria de Comunicação
da Polícia Civil/Pa).
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