Fotos: Wellington Hugles
O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, toma conta do bairro do morro da Matinha e se multiplica rapidamente, podendo vir a tomar conta da cidade em poucos dias
Sem apoio da prefeitura de Tucuruí e da Vigilância Sanitária, os moradores fazem fogueiras para a queimada dos Caramujos, tentando evitar a transmissão de doenças
O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, toma conta do bairro do morro da Matinha e se multiplica rapidamente, podendo vir a tomar conta da cidade em poucos dias
Manoel Mourão “Duca” recolhe e queima diariamente mais de 300 Caramujos em seu terreno
Epidemia de
Caramujo Africano em Tucuruí
Os moradores
do bairro do morro da Matinha estão vivenciando uma situação inusitada, onde a
mais de 25 dias suas casas estão sendo invadidas por Caramujos Africanos, e
mesmo com os diversos apelos a Vigilância Sanitária da Prefeitura de Tucuruí,
até o momento nenhuma providência foi tomada para a eliminação dos invasores.
São mais de
100 residências que estão sendo tomadas por milhares de Caramujos Africanos,
que ao anoitecer saem de suas tocas e sobem pelas paredes invadindo as casas,
sendo que pela manhã a população realiza um imenso mutirão para colher os
caramujos e tentar de qualquer forma destruí-los, através de queimadas.
A situação
está ficando preocupante, haja vista, que o único Posto
de Saúde das redondezas, o Mercedes Barroso, entrou em reforma a mais de 2
meses, e o índice de crianças e adultos com febre e dores de cabeça, teve um
grande aumentou, com isso trazendo uma situação de desespero aos familiares que
passam pela falta de assistência a saúde. Para a moradora Suely Santos, 48
anos, “estou cada dia mais convencida que estes caramujos estão adoecendo
nossos familiares, e o pior disso, e que em novembro de 2011 houve uma morte de
um bombeiro voluntario de 18 anos, pela ingestão de agua oriunda dos
caramujos”. Os sintomas avançam com fraqueza no corpo e dores estomacais. Tudo isso,
após o aparecimento súbito dos milhares de caramujos, que diariamente se
multiplicam, mesmo com a tentativa de matá-los, cada dia aparece um número
muito maior, denunciou Suely.
Segundo o
morador Manoel Mourão conhecido como “Duca”, a epidemia começou desde que
iniciaram o aterramento das margens do Igarapé Santana, que desemboca na Lagoa
do Mesquitinha, local onde estão sendo realizados o aterramento de forma
irregular, com isso, os caramujos que lá se refugiavam estão espalhando-se pelo
bairro e se nada for feito tomarão conta da cidade. Diariamente em minha casa
recolho mais de 300 caramujos e normalmente jogo sal, mais quando não tenho
condições de compra-lo, faço uma fogueira e queimo os caramuhos, afirmou
“Duca”.
Desde o início
do mês de junho a invasão dos caramujos tomou as casas do bairro, diversos
apelos foram feitos a prefeitura e a vigilância sanitária, e nada foi feito, por
este motivo, os moradores apelaram ao Corpo de Bombeiros que já realizaram a
retirada dos caramujos em duas oportunidades.
Os moradores
exigem uma solução da prefeitura de Tucuruí em caráter de urgência para acabar
com esta situação de calamidade pública, “estamos avisando para prevenir uma
situação de caos que poderá ser inevitável sem uma atitude urgente da
prefeitura”, disparou Suely.
O caramujo
africano, cujo nome científico é Achatina fulica, uma espécie exótica invasora,
é considerado uma das cem piores espécies da lista da União para Conservação da
Natureza (UICN) e representa a segunda maior causa de perda de biodiversidade
no planeta. Só perde para os desmatamentos. Além das doenças que pode
transmitir, ele ataca, destrói plantações e compete com outros moluscos da
fauna nativa, podendo levá-los à extinção. Podem viver mais de nove anos e,
após a morte, a concha fica geralmente virada para cima, podendo ficar cheia de
água da chuva e servir de criadouro para o Aedes aegypti e também outros
mosquitos. Os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados, como
cantos de muros e paredes onde não bate muita luz, lugares com acúmulo de
galhos, restos de podas, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito
propícios aos caramujos os restos de construção, entulhos e, em especial, os
tijolos furados.
As doenças transmitidas pelo caramujo
são: Angiostrongilíase meningoencefálica humana, tendo como principais sintomas:
dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema
nervoso e Angiostrongilíase abdominal que causa perfuração intestinal e
hemorragia abdominal (cujos sintomas são: dor abdominal, febre prolongada,
anorexia e vômitos).
A contaminação pode ser através de
ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos podem causar a
contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos caramujos.
Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras
e disseminar doenças. Mas não há motivo para pânico: basta orientar crianças
sobre os cuidados que devem ter e lavar bem hortaliças e vegetais que serão
consumidos in natura. (Wellington Hugles)
FICO FELIZ COM A REPORTAGEM, POIS IMAGINAVA QUE FOSSE SOMENTE EM MNHA CASA, PORÉM VEJO QUE O MALDITO CARAMUJO ESTÁ REALMENTE SE ALASTRANDO PELA CIDADE. MORO NA COHAB DE BAIXO E TODOS OS DIAS ENCONTRAMOS DEZENAS DESSES BICHOS. A VIGILÂNLIA DEVERIA FAZER O CONTROLE CASO CONTRÁRIO TEREMOS QUE IR NA RÁDIO E BOTAR O TERROR NA POPULAÇÃO, POIS A COISA É SÉRIA E NÃO QUERO ASSISTIR A MORTE DE PESSOAS E FAMÍLIARES SEM EXPLICAÇÃO COMO COSTUMA FICAR REGISTRADO NOS LAUDOS DE ÓBITOS.
ResponderExcluirNão é só na Matinha que eles se encontram mais tambem estão próximo o Hemopa pelos esgotos proximo a escola Ana Pontes,e em outros locais em a rede de esgoto se estende pela cidade.
ResponderExcluirTenho um terreno no bairro Santa Monica, próximo ao igarapé Santana; eu e vizinhos sofremos com a proliferação dos caramujos, atacam a plantação de legumes e hortaliças...
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