Professores cruzam os braços até a prestação de contas e os pagamentos dos abonos das sobras do Fundeb pela PMT/Semed

Os professores da rede de ensino de Tucuruí cruzaram os braços desde a segunda-feira (6), data determinada pela secretária municipal de Educação Marivane Ferreira para o início do ano letivo de 2012.

Segundo a coordenação do Sintepp em Tucuruí, a classe dos professores da rede municipal de ensino encontra-se paralisada em sua totalidade, devido a falta de transparência dos investimentos dos recursos da Educação, bem como pela falta de pagamento do abono do Fundeb de 2011 e pela abertura de um canal democrático de negociação da data-base de 2012.

Diversas atividades foram realizadas, como reuniões diárias na sede do Sintepp com a classe dos educadores e a conscientização nas escolas dos profissionais da educação, em face, a falta de transparência dos recursos investidos na educação para com os funcionários da área.

Na manhã da terça-feira (7), os professores realizaram uma grande passeata pelas principais ruas da cidade encerrando-se em frente à sede administrava da Prefeitura, onde os professores cantavam marchinhas carnavalescas do bloco Pinocler e usavam narizes vermelhos de Pinóquio.

Nesta quarta-feira (8), os educadores realizaram uma grande carreata que foi engrossada por todos os profissionais da educação em todos os bairros da cidade onde existem escolas municipais que se encontram em reformas de pinturas, que não tem nenhuma condição do início do ano letivo e nas escolas que se encontram totalmente sem telhado ou mesmo sem condições físicas para o exercício da função de lecionar aulas.

A carreata foi finalizou em frente ao Ministério Público Estadual, onde a coordenação da greve solicitou audiência com os promotores para que providências urgentes fossem tomadas para que a Secretaria Municipal de Educação realizasse a devida prestação de contas dos recursos recebidos do Fundeb no ano de 2011 e os diversos outros repasses e convênios recebidos nos cofres da Semed/PMT.

O interessante, é que, inclusive já existe decisão judicial prolatada para que o prefeito Sancler Ferreira preste contas dos recursos recebidos no ano de 2010, e até os dias atuais não foi cumprida esta determinação do judiciário de Tucuruí, agora cobrasse a transparência dos investimentos dos recursos do Fundeb de 2011, isso por que, diversas denuncias foram feitas ao Ministério da Educação em Brasília, com referência as licitações realizadas para a reforma e ampliação de diversas escolas do município, onde apenas uma empresa foi à vencedora, e que inclusive após visita nas obras das escolas, foi confirmado os repasses das obras (terceirização) para “empresas de amigos e familiares”, com isso burlando novamente a lei de licitação. É importante lembrar que já existe processo sob analise do CGU com referência a denúncia da fraude da licitação de R$ 5 milhões na compra dos computadores para a Semed/PMT.

Abono – Em todo o Pará as prefeituras com arrecadação menor do que Tucuruí realizaram o pagamento do abono aos profissionais da educação com a sobra dos recursos oriundos do Fundeb, mas até o momento o prefeito Sancler Ferreira e sua secretária de educação Marivane Ferreira não realizaram a prestação de contas e muito menos qual será o valor do abono que será pago aos profissionais da educação de Tucuruí.

A classe decidiu que a greve só será encerrada, após a prestação de contas dos recursos, com a devida apresentação descriminada dos gastos realizados pela Semed/PMT dos recursos do Fundeb. Inclusive se for comprovado que não houve nenhuma sobra dos recursos para o pagamento dos abonos, os profissionais da educação de Tucuruí retornam imediatamente as salas de aula. (Wellington Hugles)