CELPA entra
em concordata e recorre a Eletrobrás Eletronorte para sair do vermelho
Há mais de 4
anos em dificuldades financeiras a Celpa jogou a toalha e na tarde desta
terça-feira, 28, divulgou fato relevante revelando que entrou com pedido de
recuperação judicial, o equivalente jurídico à concordata.
A agravamento
da crise da companhia - "A
despeito dos esforços da administração junto a credores e potenciais
investidores, o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do
agravamento da situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo
de proteger a continuidade dos serviços públicos por ela prestados", diz
um trecho da nota da empresa.
A empresa de
pior desempenho do Grupo Rede Energia - A Celpa é o
patinho feio do Grupo Rede. Enquanto outras empresas de energia do grupo são
superavitárias, a Celpa amarga uma dívida de curto prazo de R$ 1,4 bilhão e o
mesmo valor a longo prazo.
Com o pedido
de recuperação judicial, os credores de curto prazo deverão tomar o mesmo
caminho se não tiverem tutano para aguentar o tranco. Os credores de longo
prazo tendem a perder o prazo de vista.
Solução seria
a venda dos ativos - O Grupo Rede
Energia convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para 19 de março para
discutir possíveis cenários no decurso da recuperação judicial e como sair
dela. Uma das alternativas pode ser a venda da empresa. Creio, entretanto, que
dificilmente alguém com juízo empresarial queira investir em uma distribuidora
cujo passivo aponta para uma liquidação.
Eletrobrás é
a tábua de salvação - A melhor
solução, dado o alcance difuso das atividades da distribuidora, seria a
Eletrobrás assumir o prejuízo antes que o choque mate quem o distribui, pois os
curto-circuitos já são arcados pelo distinto usuário.
Leia a matéria
completa no Blog do Parsifal Pontes:
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