Fotos: Wellington Hugles
Vereadores “desvotam” projeto após veto
do prefeito
Após um mês sem realização de sessões
ordinárias da Câmara Municipal de Tucuruí, reuniram-se novamente na manhã desta
terça-feira (4), os vereadores para discutirem e aprovarem matérias de interesses
da população tucuruiense.
Estiveram presente a sessão, os
vereadores, a saber: Zé Gomes, Antônio Aragão (Tabaco), Edileuza Meireles,
Jones William, Antônio Carlos (Titonho), Chico Enfermeiro, Bena Navegantes, Tom
Bonfim e Max Marçal, sendo registrada a ausência do vereador Pastor Antônio.
Dois projetos do executivo foram analisados,
e, após discursão foram aprovados. Além da indicação ao prefeito municipal da
reforma e adaptação da Casa dos Idosos de Tucuruí, de autoria da vereadora Edileuza
Meireles, que foi colocada em votação e aprovada por unanimidade.
Veto – Após a apresentação do Projeto de
Lei de autoria do Legislativo Municipal, que aprovou o reajuste dos salários
dos vereadores e do prefeito, e o congelamento dos salários da vice-prefeita,
secretários municipais e presidentes de autarquias, sendo que, após o encaminhamento
para a sanção do prefeito Sancler Ferreira (PPS), reeleito em outubro passado, o
gestor resolveu vetar em parte o do projeto dos vereadores, devolvendo a Câmara
com o seu veto pedindo o aumento do salário da vice-prefeita para R$ 11 mil e
dos secretários e presidentes de autarquias para R$ 8 mil.
Por se tratar de matéria de votação do
veto do executivo, a mesa da Câmara em obediência ao regimento interno,
realizou as votações em regime secreto, na primeira votação com referência ao reajuste
do salário da vice-prefeita, o veto do prefeito obteve cinco votos favoráveis,
e quatro votos contrários ao reajuste. Já a votação do veto do aumento para os
salários dos secretários e presidentes de autarquias, o apoio dos vereadores
governistas foi ainda maior, seis parlamentares votaram a favor do veto de
Sancler Ferreira e três contrários ao aumento dos salários.
Com isso, o município terá um gasto
ainda maior em 2013, com o reajuste dos salários da vice-prefeita, secretários
e presidentes de autarquias, em mais de 60 %, inchando ainda mais a folha de
pagamento.
Desvoto - Muitas histórias de políticos
que atuaram no parlamento são contadas em Tucuruí, lembra-se muito de um
vereador na década de 80, que apresentou um Projeto de Lei, que após o
conhecimento do prefeito, no dia da votação a pedido do prefeito o próprio
autor do projeto foi contrário a aprovação de seu projeto. Tivemos e outro episodio
onde um vereador que havia votado em uma sessão a favor do projeto, e na outra
sessão, votou contrário, e criou-se a eterna frase proferida por ele: “eu
desvoto o que votei, e tá acabado”.
Caso ocorrido nesta legislatura, que se
encerra em 31 de dezembro, o Projeto de Lei foi aprovado pelos vereadores no último
dia 5 de outubro, garantindo o reajuste dos salários do prefeito e dos
vereadores, para a próxima legislatura, cumpriram seu papel, garantindo um
aumento na seguinte proporção: para o prefeito os vencimentos passaram dos
atuais R$ 11 mil, para R$ 18 mil, um aumento percentual de 67 %. Os salários
dos vereadores que atualmente é de R$ 4.800,00, foi garantindo o teto máximo
constitucional de 40 % do valor do salário do deputado estadual, que atualmente
e de R$ 20 mil, passando o salário dos legisladores tucuruienses para R$ 8 mil.
Já os salários dos secretários municipais e presidentes de autarquias que
atualmente é de R$ 4.200,00 e o salário da vice-prefeita que e de R$ 9 mil, não
receberam nenhum reajuste.
Durante a sessão realizada nesta
terça-feira (4), na primeira votação do veto do prefeito Sancler Ferreira, cinco
dos vereadores que já tinham votado contrário ao aumento do salário da vice-prefeita,
votaram a favor do prefeito.
E na segunda votação, seis vereadores votaram
com o veto do prefeito Sancler, e, apoiaram o aumento dos secretários e presidentes
de autarquias, contra os três edis contrários ao aumento e o maior comprometimento
do erário público.
Agora a população poderá identificar
facilmente quem foram os vereadores que votaram contrários ao projeto original,
que eles mesmos aprovaram há dois meses, com isso, votaram contra os seus
próprios princípios em atenção ao pedido do gestor municipal. (Wellington Hugles)
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